O 1º Prêmio Marcus Matraga* (Marcus Vinícius de Oliveira), promovido pela União Latino-americana de Entidades da Psicologia (Ulapsi) está com inscrições e envios de trabalhos abertos até o dia 10 de março de 2020.
Reconhecer e divulgar o trabalho de coletivos que tenham a participação de profissionais da Psicologia pela defesa dos Direitos Humanos na América Latina e homenagear o psicólogo Marcus Vinicius de Oliveira são os objetivos da premiação.
Saiba mais sobre a premiação no site da Ulapsi.
A secretária geral da Ulapsi, Inea Arioli, explica que prêmio se configura como merecido reconhecimento a Marcus Vinicius, psicólogo brasileiro que foi coordenador do Grupo de Trabalho sobre Psicologia e Direitos Humanos da entidade e um de seus fundadores e impulsionadores. “Esse é um reconhecimento por um homem que deu a vida e morreu pela defesa dos grupos excluídos”, completa Arioli.
A Ulapsi é uma entidade que tem como proposta produzir uma Psicologia latino-americana, descolonizada, comprometida com as demandas da América Latina, como a diminuição da desigualdade, na luta pelos direitos humanos. Arioli enfatiza a importância da Psicologia como ciência e profissão e que pode atestar sobre quão danoso para o desenvolvimento humano é a violência, a miséria, a humilhação, a exclusão e a fome, enfim, a violação de uma maneira geral dos direitos humanos. “Por isso a ideia da criação do prêmio. De reconhecer os coletivos que têm um trabalho nessa direção.”
O CFP participa ativamente como instituição membro da Ulapsi ao contribuir com as discussões sobre as especificidades da Psicologia latino-americana, constituindo assim uma extensa rede de articulação científica, profissional e acadêmica.
CFP cobra justiça para o caso Marcus Vinícius
O CFP reafirma a importância da atuação de Marcus Vinícius a Psicologia brasileira e lembra que a sua luta pelos Direitos Humanos não foi em vão. Há três anos, Marcus Vinícius foi assassinado no povoado de Pirajuía, município de Jaguaripe, no Recôncavo baiano e até hoje as circunstâncias de sua morte não foram desvendas. A motivação do crime teria sido a luta do psicólogo pela preservação ambiental e pela defesa das populações ribeirinhas, vulneráveis em sua comunidade.
*Com informações do site do CFP.