
Alexandre Vasilenskas (ao microfone) media o debate entre Guilherme Pimentel (à esq.), Reinaldo Cunha e Patrícia Oliveira
O CRP-RJ promoveu, no dia 16 de outubro, no auditório de sua sede, no Centro do Rio, um debate entre os três candidatos à ouvidoria geral da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro: Patrícia Oliveira, Reinaldo de Jesus Cunha e Guilherme Pimentel.
A ouvidoria é um órgão auxiliar da Defensoria Pública que participa do planejamento e acompanhamento da gestão da instituição e serve de canal regular de comunicação para indivíduos ou organizações. O cargo de ouvidor-geral é eleito a cada dois anos.
A roda de conversa foi conduzida pelo conselheiro do CRP-RJ Alexandre Vasilenskas Gil (CRP 05/30741), que destacou que “o CRP-RJ é uma das 23 instituições que votarão na eleição para a ouvidoria da Defensoria Pública, um importante órgão ainda pouco conhecido pela sociedade”.
Abaixo, seguem as declarações de cada concorrente em defesa da sua candidatura. O debate foi transmitido ao vivo e on-line pela página do CRP-RJ no facebook e pode ser conferido na íntegra clicando aqui.
PATRÍCIA OLIVEIRA
“Estou terminando meu mandato no Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura, que é um órgão da ALERJ. Ajudei a criar esse espaço, no qual fiquei por oito anos. Minha candidatura à vaga da ouvidoria é coletiva, apoiada por mais de cem organizações. Entendemos que, em um momento de retrocesso, é importante ter uma mulher negra nesse espaço. Além disso, até o momento, a ouvidoria ainda não foi ocupada por nenhuma mulher. Por isso, sou candidata e destaco novamente que minha candidatura é coletiva”.
REINALDO CUNHA
“Sou da etnia potiguara, funcionário público municipal há 37 anos, em vias de aposentadoria. Venho atuando no Conselho Estadual dos Direitos Indígenas, onde estamos fazendo visitas às aldeias, conhecendo os territórios e as demandas dessas populações. Também estou conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa e no Conselho Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro, representando os trabalhadores do SUAS. Minha proposta para a ouvidoria é ampliar esse canal de interlocução com a sociedade civil e com os conselhos de direitos de nível estadual e municipal, com foco em interagir melhor com os processos administrativos e aumentar a eficiência do órgão a partir de uma escuta ativa para a sociedade”.
GUILHERME PIMENTEL
“Tenho 35 anos, sou formado em Direito. Trabalhei com atendimento ao público na Comissão de Direitos Humanos da ALERJ, posteriormente desenvolvendo o ‘Defesapp’, sistema de denúncia de violência de Estado via, principalmente, WhatsApp, que recolhia provas e fazia com que chegassem aos órgãos públicos sem a identificação dos denunciantes. A minha candidatura vem para reafirmar que o acesso à Justiça – que é a missão institucional da Defensoria Pública – não pode se resumir ao acesso ao Judiciário, e isso inclui articulação institucional, envolvimento com movimentos sociais e sociedade civil e o aumento da amplitude do atendimento da Defensoria Pública. Além disso, pretendo contribuir para a melhoria dos serviços em relação às demandas tanto da sociedade civil quanto do cidadão comum. A partir da minha experiência com o “Defesapp’, pretendo modernizar o atendimento, torná-lo mais dinâmico e acessível para a maioria das pessoas, usando a tecnologia e preservando a segurança do cidadão que acessa a Defensoria”.