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RODA DE CONVERSA SOBRE PSICOLOGIA DA AVIAÇÃO OCORRE no CRP-RJ


Data de Publicação: 26 de setembro de 2019


aviacao 1A Roda de Conversa “Dialogando sobre Psicologia da Aviação” ocorreu no dia 20 de setembro, na sede do CRP-RJ, no Centro do Rio. Organizado pelo Eixo de Mobilidade Humana da Comissão de Direitos Humanos do CRP-RJ, o evento teve por objetivo debater junto às (aos) profissionais as demandas e desafios específicos desse campo de atuação , além de promover a troca de conhecimentos e o planejamento de ações para essa área.

A psicóloga e então conselheira do CRP-RJ Janaína Sant’Anna conduziu a roda de conversa, que teve a presença de diversas profissionais atuantes na área, como Márcia Aragão, psicóloga especialista em Avaliação Psicológica e Psicologia do Trânsito e membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia do Tráfego – ABRAPSIT; Márcia Regina Molinari Barreto, presidente da Associação Brasileira de Psicologia da Aviação – ABRAPAV, Selma Leal Ribeiro e Karynne Cordeiro Bayer, psicólogas da aviação e membros da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia da Aviação – ABRAPAV, a psicóloga Cecília Rezende, do Instituto Entrelaços, e Lisia Cabral, psicóloga da aviação, ergonomista e doutora em engenharia de produção, além de  representantes do Instituto de Psicologia da Força Área Brasileira (FAB).

Janaína Sant’Anna abriu o evento explicando que o Eixo de Mobilidade Humana do CRP-RJ tem a intenção de expandir sua atuação de forma a abranger todos os modais, não ficar somente focado no trânsito. “Nosso objetivo é trazer todos os modais para conversar e construir uma unidade, reconhecendo as especificidades de cada área. Não podemos ficar restritos ao trânsito, mas, sim, transdisciplinar nossas práticas e transversalizar nossos saberes e atuações em cada campo da Psicologia. Por isso, estamos iniciando nessa conversa hoje, que deve ser uma troca: queremos saber o que a psicologia da aviação espera do Sistema Conselhos, quais são as suas perspectivas para a área e reitero o convite para esta área integrar o nosso Eixo de Mobilidade”, pontuou.

aviacao 2Em todas as falas, a questão da Avaliação Psicológica também foi muito lembrada e evidenciada a sua importância. Segundo Márcia Aragão, “a avaliação psicológica tem uma importância vital para os modais, e sobremaneira na aviação. É necessário avaliar se os candidatos suportam uma pressão tão grande, em ambientes de trabalho tão complexos, como são a aviação e as ferrovias,  por exemplo”.

Marcia Molinari mencionou a importância do trabalho da Psicologia junto aos profissionais que trabalham em confinamento, embarcados, e fez uma explanação sobre a responsabilidade da (o) psicóloga (o) na Avaliação Psicológica, no treinamento, acompanhamento e no pós-acidente.

Karynne Bayer lembrou que “nesse sentido, enxergamos a avaliação psicológica no âmbito da prevenção. Por isso, mesmo há uma responsabilidade grande da Psicologia, pois em termos de aviação, devido à sua óbvia complexidade, a prevenção é o principal fator para salvar vidas. E a avaliação psicológica está em seu cerne, é a porta de entrada para a prevenção de acidentes”.

Márcia Molinari ressaltou também a questão do reconhecimento da área. “Dentro de uma organização, muitas vezes o profissional se sente muito só. Muitas organizações têm até dificuldade em entender exatamente o que o psicólogo faz ali dentro. Querem te desviar somente para a área de Recursos Humanos. Precisamos tornar nosso trabalho mais visível e reconhecido. Para fazer uma boa avaliação psicológica, precisamos conhecer bem a função que o candidato irá desempenhar. Isso requer estudo constante e formação continuada”.

Selma Ribeiro lembrou que “a Psicologia não se aprende somente na faculdade, temos um campo enorme de atuação que muitas vezes ninguém sabe, simplesmente porque não há visibilidade para aquela área”.

Foi mencionada a preocupação com a formação da (o) psicóloga (o) para atuar na aviação, dada a sua complexidade e a necessidade de uma atualização constante. Conforme pontuou a os presentes no evento, cada modal de transportes tem especificidades que requerem muito estudo e preparo do profissional que avalia; por isso, é necessário ter formação específica para atuação nessas áreas.

Por fim, algumas diretrizes foram discutidas neste primeiro encontro, tais como a necessidade de reuniões mensais de articulação da área, a realização de um estudo histórico e das normas já vigentes para a proposta de uma Referência Técnica e a realização de oficinas de Avaliação Psicológica .

Janaina Sant’ Anna encerrou destacando a importância da Avaliação Psicológica para todos os modais e salientou a relevância desse encontro, avaliando como muito produtivo, com trocas de informações, discussões sobre ferramentas e estudos, evidenciando o protagonismo da Psicologia na segurança e preservação da vida na mobilidade humana.



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