A diversidade sexual e de gênero deveria ser encarada como mais uma das muitas pluralidades possíveis para a expressão das subjetividades humanas. Mas, infelizmente, em pleno século XXI, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais ainda são alvo de preconceito, estigmatização, opressão, violência e morte.
É inegável que, nas últimas décadas, houve avanços significativos no reconhecimento de direitos dessas populações. Porém, o recrudescimento de ideias ultraconservadoras nas cenas social e política têm ameaçado essas conquistas, produzindo um cenário de mais intolerância e violação de direitos.
Por isso a importância de, nesse 17 de maio, Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia, estarmos todas (os) juntas (os), ocupando as ruas e praças das cidades brasileiras para dar um basta à LGBTfobia, lutando e resistindo coletivamente contra o silenciamento da diversidade sexual e de gênero.
No âmbito da Psicologia, importantes resoluções foram publicadas no sentido de ampliar os direitos e a cidadania da população LGBT, tais como a Resolução nº 001/1999, que diz não à patologização da homossexualidade, e, mais recentemente, a Resolução nº 001/2018, que reconheceu oficialmente que a transexualidade e a travestilidade não constituem transtorno mental, não podendo, portanto, serem tratadas ou curadas.
Uma vez mais, o CRP-RJ vem a público reforçar que a (o) psicóloga (o) brasileira (o) não pode propor ou desenvolver ações de cura à homossexualidade, à transexualidade e à travestilidade simplesmente porque não há cura para aquilo que não é doença. A Psicologia, como ciência e profissão, deve promover autonomia, empoderamento e cidadania, não exclusão, silenciamento e morte.