O tema da 2ª mesa de debates do I Fórum de Estudantes da Baixada Fluminense foi “Formação em Psicologia”. O debate foi mediado pela graduanda do 10º do curso de Psicologia na UNIABEU Flávia Sena e teve como palestrantes Paula Land Curi (CRP 05/20409), integrante da Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP) e coordenadora do curso de Psicologia da UFF, José Rodrigues de Alvarenga Filho (CRP 05/36271), professor e coordenador da Pós-Graduação em Psicologia e Políticas Públicas do Centro Universitário Celso Lisboa, e Rogéria Thompson, graduanda do 10º período do curso de Psicologia na UNIABEU.

Flávia iniciou a mesa narrando como se deu sua aproximação junto ao CRP-RJ. “Eu comecei participar dos eventos da Subsede Baixada em 2013. Na época, eu desconhecia os processos de atuação e funcionamento do CRP. Mas eu tinha curiosidade de entender e conhecer o que o nosso conselho fazia pela nossa categoria e pelos estudantes. Por isso, eu me aproximei”.

Paula destacou o papel desempenhado pela ABEP no debate sobre o ensino da Psicologia tanto em universidades públicas quanto privadas. “O que desejamos dessas instituições é que elas possam formar profissionais que desenvolvam trabalhos críticos, éticos e comprometidos com as questões sociais”.

A coordenadora da UFF fez uma breve comparação entre a atual situação do ensino da Psicologia com a da sua época de graduação, na década de 1980, criticando o modelo de graduação à distância. “Precisamos dialogar sobre a formação de Psicologia, que está ameaçada de muitas formas, principalmente pela tecnologia. Como podemos não repudiar uma formação de psicólogos no modelo 100% on-line?”.

“Problematizamos pouco nossa formação em Psicologia. No meu entender, o primeiro ponto a se pensar é o quanto a nossa formação ainda se baseia num modelo onde se formata alunos para produzir um pouco de uma subjetividade a se adequar a um determinado organismo social”, refletiu José Rodrigues logo no início de sua fala.

José também falou sobre a relação aluno-professor. “O aluno é um parceiro, é o protagonista. A educação, para ser potente, não pode ser um modelo no qual o professor é o protagonista e o aluno é passivo”.

Rogéria encerrou a mesa destacando sua preocupação quanto aos modelos de formação à distância. “Que educação é essa a distância? Como você forma um psicólogo em cursos totalmente on-line? Eu tenho visto, em quase cinco anos de graduação, a importância, para nossa formação profissional, da discussão presencial, em sala de aula”.