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1ª mesa da 10ª Mostra debate “Ética e Práticas Psicológicas”


Data de Publicação: 10 de agosto de 2016


MostraO 2º dia da 10ª Mostra Regional de Práticas em Psicologia, promovida pelo CRP-RJ entre 26 e 28 de julho na Universidade Veiga de Almeida da Tijuca, teve início com mais apresentações de trabalhos em diversas modalidades. Em seguida, teve início a mesa de debates “Ética e Práticas Psicológicas”, que lotou o auditório com a participação de psicólogas (os) e estudantes.

Mediada pela psicóloga Júlia Alvarenga, colaboradora na Comissão de Justiça do CRP-RJ, a mesa teve como palestrantes Henrique José Leal Rodrigues (CRP 05/24113), psicólogo clínico, professor e coordenador do Instituto de Formação e Pesquisa Wilhelm Reich, Esther Arantes (CRP 05/3192), psicóloga, professora da PUC-Rio e UERJ e pesquisadora na área da Criança e Adolescente, e Analicia Martins de Souza (CRP 05/31168), doutora em Psicologia Social pela UERJ e professora de Psicologia na UVA.

Henrique Leal deu início à mesa abordando o tema “Práticas Corporais” e destacando a importância da Ética como um princípio que transcende a prática da Psicologia. “Um indivíduo sem ética não existe como cidadão porque ela é um compromisso que cada um de nós tem que desenvolver. A Ética é um movimento constante que acompanha as mudanças pelas quais a sociedade e os indivíduos passam”.

O coordenador do Instituto de Formação e Pesquisa Wilhelm Reich enfatizou, ainda, a importância do Código de Ética do Profissional IMG_9260Psicólogo como instrumento para balizar as práticas psi e auxiliar a (o) psicóloga (o) na sua atuação cotidiana.

“Escuta de criança” foi o tema da fala de Esther Arantes, que afirmou ser uma obrigação ética da (o) psicóloga (o) escutar, de modo atento e acolhedor, uma criança em situação de sofrimento. “A criança tem o direito à fala e a escuta qualificada é um dever do psicólogo”, enfatizou.

A psicóloga chamou atenção também para os discursos, supostamente voltados para a proteção dos direitos das crianças, que estão por trás dos projetos de lei que falam sobre o depoimento de crianças em processos judiciais.

Analícia, que já foi conselheira do CRP-RJ na Comissão de Orientação e Ética (COE), falou sobre “Produção de documentos”. Iniciando sua fala, a psicóloga apontou o número expressivo de denúncias éticas que chegam ao CRP-RJ a partir da produção de documentos escritos pela (o) psicóloga (o) decorrentes de Avaliação Psicológica. “No CRP-RJ, nos deparamos com um dado interessante: em torno de 50% das denúncias éticas contra psicólogos no estado do Rio apontam para o conteúdo de documentos elaborados a partir de Avaliação Psicológica”.

Segundo a ex-conselheira do CRP-RJ, a maior parte das denúncias são endereçadas a psicólogas (os) clínicas (os). “Em algum momento, vai adentrar em seu consultório alguma demanda para a elaboração de documentos e boa parte dessas demandas envolvem situação de separação e guarda de filhos. Por exemplo, uma mãe pede para o psicólogo avaliar a situação de seu filho em meio a um litígio dos pais para que esse laudo seja usado judicialmente a seu favor no processo de guarda da criança. O nosso papel como psicólogos, contudo, não é reproduzir depoimentos, mas analisar e interpretar, a partir da sua experiência técnica e teórica, a situação que lhe foi apresentada”.

O 2º dia da 10ª Mostra continuou à tarde com mais apresentações de trabalhos e com a mesa redonda com o tema “Direitos Sexuais e Reprodutivos”. Clique aqui e veja a cobertura!

 



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