“Proteção Social Básica: contribuições da/para Psicologia” foi o tema de debates da 1ª mesa de debates do evento, que contou com as falas de Roberta Fin Mota, psicóloga, professora do Centro Universitário Franciscano e professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFSM, e Rozana Maria da Fonseca, psicóloga, especialista em Gestão Social nas Políticas Públicas, autora do Blog Psicologia no SUAS. A mediação foi feita pela psicóloga e integrante da Comissão de Psicologia e Assistência Social do CRP-RJ Paula Smith (CRP 05/34667).
Rozana deu início ao debate agradecendo os seguidores do Blog Psicologia no SUAS, os quais, segundo ela, ajudam a divulgar e fortalecer o trabalho psi nas políticas de Assistência Social.
Em seguida, ela explicou como surgiu a ideia de criar a página. “O blog surgiu em 2009, quando eu começo a problematizar a prática da Psicologia no SUAS. Nós temos um cenário hoje muito mais robusto, no ponto de vista da academia, no que diz respeito às construções e produções sobre o fazer da Psicologia nesse campo de trabalho, mas naquele momento não tínhamos ainda isso. Por isso, por não ter, ainda, esse campo consolidado, eu comecei a conversar sobre isso, trocando experiências com outros profissionais de outras regiões do Brasil. A ideia principal era sair desse lugar da queixa para um lugar de ação”, destacou.
Rozana também falou sobre a atuação na Proteção Social Básica, a qual, segundo ela, “tem um desafio maior dentro do SUAS, no meu entendimento, pois é o que a Assistência Social trás de mais inovador, com uma roupagem nova, de direito social e de responsabilidade do Estado.”
Roberta encerrou a mesa abordando a Proteção Social Básica a partir da sua experiência como psicóloga atuante no SUAS e, também, correlacionando a temática às suas pesquisas de doutorado sobre a prática psi dos processos de trabalho no CRAS no Rio Grande do Sul.
A psicóloga gaúcha apontou, ainda, as condições de trabalho das (os) profissionais nesse equipamento, destacando como entraves importantes a precariedade na infraestrutura do equipamento e a dificuldade da atuação em rede. “Nós não temos, muitas vezes, em nossos CRAS uma equipe completa. A equipe fica com só psicólogos, ou um psicólogo e um assistente social e assim por diante. E isso, muitas vezes, prejudica o acolhimento aos nossos usuários”.