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Pré-Congresso de Caxias mobiliza psicólogas (os) na Baixada


Data de Publicação: 26 de março de 2016


Pré-Congresso Regional de Psicologia de Caxias mobiliza psicólogas (os) na Baixada FluminenseAconteceu, no dia 17 de março, às 17h, o Pré-Congresso Regional de Psicologia em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O evento foi realizado no cinema da Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO) e contou com uma mesa de debates que antecedeu o Pré-Congresso.

A mesa de debates “Violências contra a mulher e Políticas Públicas” teve a presença de Antônio Souza (CRP 05/22073), psicólogo e professor do curso de Psicologia da UNIGRANRIO, de Tânia Nunes (CRP 05/12113), psicóloga que atua no Centro de Referência da Mulher de Caxias, e de Elizete Lopes (CRP 05/34578), psicóloga atuante no Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM) da Baixada, mediada pela psicóloga Vanda Vasconcelos (CRP 05/6065.

O evento abriu com a fala da presidente da Comissão Gestora do CRP-RJ na Baixada, Vanda Vasconcelos (CRP 05/6065), que deu as boas-vindas a todos os psicólogos, estudantes, professores e profissionais presentes e ressaltou a importância dos Pré-Congressos Regionais de Psicologia.

“Nós, da Comissão Gestora do CRP-RJ, estamos satisfeitos ao ver a mobilização dos psicólogos que estão participando dessa instância democrática que são os Pré-Congressos Regionais de Psicologia rumo ao 9º Congresso Regional e Nacional Nacional de Psicologia”, afirmou.

Posteriormente, o diretor do Sindicato dos Psicólogos (SINDPSI-RJ) Osvaldo Lopes de Souza (CRP 05/10910) reforçou o caráter imprescindível do comprometimento das (os) psicólogas (os). “É de suma importância que o psicólogo se comprometa com a sua atuação e com os rumos da sua profissão. Atue, discuta propostas, sindicalize-se, participe dos eventos da sua categoria. A Psicologia é uma construção nossa e é vital que estejamos engajados nas suas lutas”.

Já a professora e coordenadora do curso de Psicologia da UNIGRANRIO, Roberta Barzaghi e Sá, pontuou a relevância de parcerias para a realização desses eventos da área. “Estaremos sempre de portas abertas para novas parcerias com o CRP-RJ justamente porque reconhecemos a importância que este tipo de evento traz. Essa é uma das formas de promover encontros entre estudantes e profissionais e, com isso, fortalecer cada vez mais nossa atuação enquanto psicólogos”.

Após essa abertura, o debate teve início com Antônio, que trouxe uma grande contextualização histórica dos abusos e violências cometidos contra a mulher. “Desde a ancestralidade, a mulher sofre violência, abusos e violações de seus direitos mais fundamentais. E foi preciso uma história de mais de 200 anos de muita luta para chegar aos avanços que temos hoje. E essa luta das mulheres continua a causar muita tensão, mas essa tensão que move e traz a melhoria das condições”, ressaltou o psicólogo.

“Temos que pensar como o psicólogo pode contribuir e qual a nossa capacidade de resposta para atuar lado a lado nessa luta feminina contra a discriminação e a violência. E pensemos em que âmbito trabalharemos: empoderamento ou resgate da autoestima?”, concluiu.

Logo após, foi a vez da psicóloga Tânia Nunes trazer sua contribuição para a temática, Pré-Congresso Regional de Psicologia de Caxias mobiliza psicólogas (os) na Baixada Fluminense explicando como funciona o perverso ciclo de violência doméstica contra a mulher. “Violência doméstica e familiar é aquela que ocorre no âmbito das relações familiares. Essa violência pode ser física, moral, patrimonial, psicológica e sexual. O ciclo de violência, seja de qual tipo for, começa coma tensão que é a fase de xingamentos, culmina na explosão de violência e segue para a fase ‘lua-de-mel’, na qual o agressor se diz arrependido e tenta reconquistar a confiança. Porém, essa fase não costuma durar muito e todo o círculo vicioso recomeça”, explicou.

A psicóloga destacou o advento da Lei Maria da Penha, acrescentando que ela trouxe “diversas inovações nesse âmbito, pois antes a mulher fazia o registro de ocorrência na delegacia comum e voltava pra casa, onde geralmente era ameaçada pelo agressor para, então, retirar a queixa. Com a Lei, a mulher só pode retirar a queixa diante do juiz. Isso impede que uma ameaça faça a mulher voltar atrás na sua busca por justiça. Outro grande benefício da Lei é que extinguiu-se a punição pecuniária, na qual o agressor poderia ser condenado à pagamento de multa ou cestas básicos. Agora, esse indivíduo será preso. São grandes os avanços”, concluiu.

Para finalizar o debate, a psicóloga Elizete Lopes trouxe mais informações sobre a Lei Maria da Penha, tão importante na luta contra essa forma de violência. “No início, a Lei chegou a ser criticada e acusada de inconstitucional por alguns, pois alguns avanços são de difícil assimilação num primeiro momento. Porém, ela se firmou durante o tempo e trouxe um grande avanço que foi a tipificação da violência contra a mulher. Isso facilitou, inclusive, o atendimento do psicólogo, já que em um grande número de casos, a mulher sofre a violência psicológica”.

Votação de propostas e eleição de delegadas (os)

Após a mesa de debates, teve início o Pré-Congresso Regional de Psicologia, uma fundamental etapa dentro do sistema democrático de deliberação da categoria. Foi eleita uma mesa diretora para condução dos trabalhos.

Após a leitura e aprovação do regimento interno do Pré-Congresso, foram eleitos sete delegados efetivos e um suplente, além de um delegado estudante efetivo e outro suplente.

Também foram votadas e aprovadas nove propostas que serão encaminhadas para o Congresso Regional de Psicologia (COREP), que acontecerá entre 29 de abril e 1º de maio no Rio de Janeiro.

Março de 2016



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