O Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro repudia a ação bárbara e deliberada de policiais militares em repressão a uma manifestação pacífica de profissionais de educação pública do Paraná na última quarta-feira, dia 29 de abril.
Na ocasião, 213 professores e professoras paranaenses ficaram feridos, alguns gravemente, depois de serem brutalmente agredidos por policiais militares enquanto protagonizavam ato público contra a aprovação do projeto de lei que promove mudanças no custeio da ParanaPrevidência e que estava sendo votado na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).
Os professores e professoras do estado estão em greve desde o dia 27 de abril. Durante a manifestação, esses profissionais foram impedidos pela PM de se aproximarem do prédio da Assembleia e, por quase duas horas, a PM usou bombas de efeito moral, jatos d’água, spray de pimenta e balas de borracha.
Diante de tamanha covardia, ativistas e jornalistas começaram a divulgar ao vivo vídeos, fotos e depoimentos dos profissionais que estavam na manifestação. Movimentos sociais, autoridades governamentais e a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil se posicionaram contra o uso da força policial do Paraná.
Nesse contexto, o CRP-RJ aponta, com preocupação, para mais um dos reiterados episódios de grave violência de Estado e violação de direitos, já que fazer greve e manifestar-se pacificamente são direitos assegurados pela Constituição Federal de 1988.
Além disso, o CRP-RJ vem a público manifestar solidariedade à luta legítima dos profissionais de educação do Paraná por melhores condições de trabalho e remuneração. Um Estado Democrático só se faz legítimo quando respeita a legitimidade dos direitos de todas os seus cidadãos!
Maio de 2015