Uma das mais importantes datas no calendário da Psicologia brasileira, o dia 18 de maio é a ocasião escolhida para lembrar o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Celebrada em todo o país desde 1987, a data representa um marco para o movimento de Luta Antimanicomial, que, em termos gerais, busca a afirmação das diretrizes da Reforma Psiquiátrica (garantidas pela Lei nº 10.216/2001), a reformulação do modelo assistencial em Saúde Mental e a reorganização dos serviços da área, privilegiando equipes multiprofissionais e atendimento aos usuários para além dos muros do hospital.
Apesar dos inegáveis avanços obtidos ao longo desses 27 anos de militância, especialmente após a Lei da Reforma Psiquiátrica – que instituiu a extinção dos manicômios –, muitas batalhas ainda precisam ser travadas no campo da Saúde Mental brasileira.
Nesse sentido, precisamos continuar nossa luta para que haja uma transformação no modo como a sociedade em geral se relaciona com a loucura, defendendo um projeto ético-político que promova a interação entre usuários de Saúde Mental e a sociedade.
É imprescindível que os usuários de Saúde Mental possam ocupar a rua, envolvendo-se nas atividades da cidade, trabalhando e produzindo cultura. Para tanto, precisamos lutar para que sejam garantidas políticas públicas que proporcionem a autonomia desses sujeitos, pois é fundamental que eles sejam reconhecidos como cidadãos de direitos.
Nesse 18 de maio, o Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro reafirma seu compromisso com a Reforma Psiquiátrica brasileira e com o fortalecimento do movimento de Luta Antimanicomial, que deve continuar sua incansável batalha pela garantia ao trabalho, o acesso à cultura, a efetivação da cidadania e a defesa da vida do usuário para além do estigma da doença mental.
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“A Psicologia contra as amarras da camisa de força! A liberdade também é terapêutica!”