Com participação de aproximadamente 300 pessoas – entre psicólogas (os), estudantes, sociólogas (os), pedagogas (os) e professoras (es), entre outras profissões –, a Comissão Gestora da Subsede do CRP-RJ na Região Serrana promoveu, no dia 7 de março, em Petrópolis, o I Simpósio da Região Serrana: Medicalização da Educação, da Saúde e da Sociedade.
Organizado em conjunto com o Fórum sobre a Medicalização da Educação e da Sociedade, a Faculdade de Medicina de Petrópolis e Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/FASE) e a Liga de Saúde Mental da FASE, o evento teve como objetivo discutir as relações que se estabelecem entre a indústria e a produção dos artigos que supostamente comprovam a existência das doenças, as políticas de Educação Inclusiva e as respectivas capturas pela lógica medicalizante.
A mesa de abertura contou com a presença de José Novaes (CRP 05/980), conselheiro-presidente do CRP-RJ, Marinaldo Silva Santos (CRP 05/5057), presidente do Sindicato dos Psicólogos do Rio de Janeiro e membro da Comissão de Psicologia e Educação do CRP-RJ, Ricardo Tammela, coordenador de Projetos e Extensão FMP/Fase, Rayza Caetano, representante da Liga de Saúde Mental, e Paulo César Guimarães, diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis. Ricardo deu as boas-vindas aos participantes ressaltando a importância do debate sobre a medicalização.
Rayza destacou a importância da reflexão sobre os diversos impactos da medicalização em nossa sociedade. Novaes, por sua vez, apontou a distinção entre os termos medicação e medicalização, enfatizando que a luta do CRP-RJ não é contra o uso de remédios, mas sim contra o uso abusivo de remédios como solução para os problemas do campo social e educacional. Já Marinaldo propôs uma provocação a todos os participantes questionando se as (os) psicólogas (os) são profissionais de Educação ou profissionais que estão na Educação. Encerrando a mesa de abertura, Paulo César destacou que, dentro da Medicina, o fenômeno da medicalização está acontecendo não somente na Psiquiatria como também em diversas outras especialidades.
Em seguida, teve início a Conferência “Novos Modos de Atendimento à Queixa Escolar”, ministrada pela professora da Universidade Federal da Bahia Lygia de Souza Viegas. Clique aqui para ver como foi.
Na parte da tarde, houve a mesa de debates “Articulação em rede de serviços: estratégias e desafios”, coordenada por Helena Rego Monteiro (CRP 05/24180), conselheira-presidente da Comissão de Psicologia e Educação do CRP-RJ e membro do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade.
Os palestrantes dessa mesa foram Aline Lage, professora de Psicologia no Instituto Nacional de Educação de Surdos, mestre em Ciência Ambiental e doutora em Educação, Nira Kaufman e Sossa (CRP 05/41931), psicóloga e colaboradora da Comissão de Psicologia e Educação do CRP-RJ, e Rui Harayama, cientista social, mestre em Antropologia da Ciência e Tecnologia, membro da secretaria-executiva do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade e colaborador das Comissões de Direitos Humanos e Educação do CRP-RJ.
A última atividadae do dia, foi a Conferência “Novos diagnósticos da psiquiatria infantil e juvenil: uma investigação crítica”, organizada por Rossano Cabral Lima, psiquiatra com residência em Psiquiatria Infantil e professor adjunto do Instituto de Medicina Social da UERJ.
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Março de 2015