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Atuação das (os) psicólogas (os) no Sistema Único de Assistência Social


Data de Publicação: 1 de novembro de 2014


mesa de palestrantes‘Atuação das (os) psicólogas (os) no Sistema Único de Assistência Social (SUAS)’ foi o tema da segunda mesa de debate do III Seminário Regional de Psicologia e Políticas Públicas e IX Seminário Regional de Psicologia e Direitos Humanos. O evento que começou na manhã desta quinta-feira, dia 13 de novembro, na UERJ, já contou com a participação de mais de 300 pessoas.

Para debater o tema foram convidados: Eduardo Mourão Vasconcelos (CRP 05/32652) – Psicólogo, cientista político, professor da Escola de Serviço Social da UFRJ e coordenador do Projeto Transversões, voltado para a área da Saúde Mental; Joari Carvalho (CRP 06/88775) – Psicólogo atuante na Vigilância Socioassistencial em Suzano (SP), mestre em Psicologia Social, conselheiro do CRP-SP e representante na coordenação do Fórum Estadual de Trabalhadoras (es) do SUAS de São Paulo; e José Crus – Assistente Social, analista de Políticas Públicas da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte cedido, desde 2004, ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, onde atua como coordenador-geral da gestão do trabalho do SUAS.

A mediadora foi Juliana Gomes da Silva (CRP 05/41667) – Psicóloga da Secretaria Municipal de Assistência Social de Nova Iguaçu e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social do Rio de Janeiro e conselheira-presidente da Comissão Regional de Psicologia e SUAS do CRP-RJ.

Eduardo Mourão iniciou a sua fala agradecendo ao CRP-RJ pelo convite. Segundo ele, a inserção de psicólogo nas equipes do SUAS tem sido problemática e conflituosa, pois muitos ainda não relativizam, não se abrem para aprender e enxergar a realidade. “Para conhecer uma cultura você tem que conviver nela, conhecer a língua, a religião, as estratégias de sobrevivência”, disse. Ainda de acordo com Eduardo, isto acontece porque muitos psicólogos querem reproduzir a lógica de um modelo que ele aprendeu, no formato que ele teve como conhecimento, o que é um grande erro, pois é preciso que os profissionais se abram para aprender mais sobre a realidade de cada pessoa, território e local que vai trabalhar. Além disso, a estrutura ainda é falha, faltam investimentos, conhecimentos, melhorias na formação ainda deste futuro profissional.

Joari Carvalho voltou ao tempo e resgatou o histórico da atuação da Psicologia no SUAS. Na época da Ditadura Militar, a atuação dos profissionais de Psicologia ficava mais no campo secundário. “Na década de 80 e 90 assistimos o passo a passo de uma mudança com a redemocratização do Estado, com isto, a Psicologia passou a ser mais protagonista neste campo. Temos hoje no país aproximadamente 20 mil Psicólogos atuando na Assistência Social. O desafio hoje é a articulação multiprofissional e não corporativa”, afirmou.

Dentre diversas outras questões levantadas pelos convidados da mesa, José Crus terminou o debate destacando que apenas há 10 anos foi reconhecido este trabalho, mas que já se percebe uma melhor estrutura do SUAS em todo o país. “Ele é novo, mas já temos uma estrutura presente em 100% do nosso território, ele está presente em todos os municípios. O que temos que fazer é possibilitar aos profissionais o máximo de conhecimento, ferramentas, formação e troca”, finalizou.



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