Na última terça-feira, dia 05 de março, por volta das 14h, mais um Pré-Corep 2013 foi realizado. Desta vez foi na cidade de Niterói. No primeiro momento, Helena Rego Monteiro (CRP 05/24180) – psicóloga e conselheira do Conselho Regional de Psicologia (CRP-RJ) e membro do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade; e Nira Kaufman (CRP 05/41931) – psicóloga clínica e atuante em Educação Inclusiva e integrante do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade, mostraram um vídeo sobre o tema da medicalização. E com aproximadamente 30 pessoas, entre profissionais e estudantes, teve início a atividade.
A psicóloga Helena que intermediou o bate papo, revelou alguns resultados da sua pesquisa sobre o tema e mostrou como o excesso de remédios está no dia a dia das pessoas. “Temos que chamar a atenção para o excesso de prescrição que a gente vem se submetendo sem se dar conta.”, falou. Para ela, os remédios estão hoje em todos os momentos de sofrimento, por exemplo. “Se estamos triste, estamos deprimido. Se uma criança é agitada, ela é hiper – ativa. Ou seja, que transformação é esta, que maneira de existir é esta que as pessoas estão se submetendo. Existem hoje prescrições para todos os níveis da vida e isto é preocupante”, disse.
A psicóloga lembrou que no Rio de Janeiro, em todo o Brasil e em alguns países já existe um espaço para que esta discussão seja feita, e que ele está aberto não só para psicólogos, mas também para professores, farmacêuticos, movimentos sociais, entre outros. Ela explica ainda como funciona o ‘Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade’, que cada dia ganha mais força, mas que é necessário que outros profissionais também façam parte desta discussão e que leve o debate para outros espaços: escolas, universidades, hospitais etc.
A psicóloga Nira falou sobre a sua participação neste Fórum. De acordo com ela, um dos enfrentamentos dentro dele são os encaminhamentos de leis que envolvem a medicalização. Uma delas é sobre o déficit de atenção. Esta lei tem como objetivo orientar pais, professores e alunos sobre este problema. “A idéia é ajudar a diagnosticar casos dentro das escolas e encaminhar para tratamentos. A orientação é para que a escola tenha esse olhar e encaminhe cada caso para o SUS. E os hospitais precisam distribuir esses remédios. Ou seja, é um olhar e uma lei que contempla o tratamento por completo.”, concluiu a palestrante.
Depois das duas psicólogas colocarem os seus argumentos sobre o assunto, foi aberto o debate. Muitos profissionais e estudantes colocaram duas dúvidas, falaram sobre experiências que vivenciaram e apoiaram a idéia de levar este assunto para outros lugares. Depois da conversa sobre Medicalização, foi aberto o momento de votação da mesa, as propostas foram lidas e votadas. Foram quinze propostas votadas, doze delas aprovadas sem modificação e as outras três não aprovadas. E seis delegados foram escolhidos no encontro. .