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Pré-Corep em Angra dos Reis


Data de Publicação: 25 de março de 2013


Com o tema ‘Psicologia e as Políticas Públicas de Saúde, Assistência e Educação’, na tarde da última quarta-feira, dia 27 de fevereiro, por volta das 14h, No Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj), teve início o Pré-COREP 2013 em Angra dos Reis. As convidadas para esta troca de conversa foram Claudia Tallemberg (CRP 26671-05) e Marília Melo (CRP 05/4836). E a mesa de debates foi sobre ‘Desafios da Psicologia nas Políticas Públicas de Saúde, Assistência Social e Educação’.

A presidente do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ), Vivian Almeida Fraga (CRP 05/30376) falou sobre a importância destes encontros. “Nós teremos este ano o Congresso Nacional de Psicologia, e todas as diretrizes políticas, as lutas, as bandeiras precisam passar por este congresso nacional. E este espaço, esta roda de conversas tem como objetivo fazer a gente sair com propostas daqui pensando na região enquanto um lugar a ser cuidados”, disse.

Logo depois, Claudia falou um pouco sobre a sua experiência em Angra dos Reis. Local, que segundo ela, tem um histórico de grande militância em saúde mental, o que é importante para a construção de políticas públicas para esta área, pois a forma de se fazer política também traz inúmeras conseqüências.

No bate-papo, ela conversou sobre políticas públicas, sobre formas de intervenção no serviço público, e sobre pesquisas feitas por psicólogos que resultou numa série de questionamentos sobre a prática do trabalho na saúde mental. “Essa roda de conversas é para podermos pensar em perspectivas do trabalho em rede. É importante estudar o caso, a situação para depois agirmos. É preciso primeiro conhecer o local, sabermos como funciona, e depois tomamos isto como plano de intervenção. Em um dos projetos que participei, a partir de uma determinada situação é que se pensou em formas de intervenção, mas a intervenção foi feita a partir do fato”, completou.

Marília falou também sobre a sua experiência dentro da área de saúde, trazendo a ideia de como funciona este trabalho integrado ao setor de educação. “São inúmeras as demandas que vão surgindo no dia a dia da escola. Temos escolas, por exemplo, que tem aquela chamada ‘turma problema’. Mas passam a responsabilidade de resolver algo nesta determinada turma para os psicólogos. Só que para saber como encaminhar, tem que se discutir como ela surgiu. E o nosso trabalho é tentar achar uma saída para isto, só que a escola precisa participar, mas isto é complicado porque a tendência da escola é colocar isso para a gente apenas. Sabemos que é uma forma da escola se excluir de pensar na resolução do problema que também foi construído ali dentro”, afirmou.

De acordo com ela, fazer com que a escola converse sobre isto é uma tarefa dos psicólogos. “O que não é uma tarefa fácil, é difícil envolver a escola nesta tarefa. As pessoas na escola têm pouco tempo para conversar, é um formato de instituição que tem metas, provas, tarefas para cumprir. Os professores não têm mais tempo para conversar, os conselhos de classes estão cada vez mais esvaziados, até o incentivo de estimular os alunos a trabalharem juntos a se reunirem isso tem acabado. As pessoas não estão conversando mais”, concluiu Marília.

Depois da roda de conversas com as psicólogas, foi feita a eleição para compor a mesa com um presidente, um relator e um secretário. Houve ainda as eleições para a escolha de delegados. Após este momento de conversa, as propostas foram lidas e outras elaboradas pelas pessoas presentes que serão votadas no próximo pré-congresso que acontecerá na UERJ.