Em reunião realizada no último dia 14 de dezembro, no Campus Maracanã da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o Fórum de Saúde do Rio de Janeiro, que tem participação do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ), encerrou suas atividades de 2011. No encontro, foi feita uma avaliação da Conferência Nacional de Saúde (realizada entre 30 de novembro e 4 de dezembro). Além disso, o grupo deu início à preparação das atividades de 2012, quando o Fórum seguirá atuando.
Na Conferência Nacional, estiveram presentes cerca de 30 representantes da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde – à qual o Fórum é vinculado. Membros da Frente de diferentes regiões do país chegaram à Capital Federal antes mesmo do início do evento para preparar a articulação.
“A Conferência foi importante, pois demos visibilidade às atividades da Frente, que hoje é respeitada. O mais importante é que conquistamos adeptos. O Fórum do Pará foi criado, o do Piauí e de Santa Catarina devem ser criados em breve. Além disso, fortalecemos o do Maranhão e o de Goiás”, comentou Maria Inês Bravo, professora de Serviço Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e representante do Fórum do Rio.
A participação da Frente Nacional na Conferência foi de destaque. O Fórum do Rio, especificamente, esteve presente em quatro mesas de debate: “Gestão Público/Privada”, com Maria Inês Bravo; “Atenção Básica”, com a assistente social Valéria Correia; “Integralidade”, com a médica e professora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IESC-UFRJ), Fátima Siliansky; e “Desenvolvimento”, com Aquilas Mendes, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Antes das discussões, os representantes se articularam junto aos demais membros da Frente para que as falas integrassem os aspectos particulares de cada mesa às ideias da mobilização. “Na mesa da qual participei, mostrei que, com a privatização, as instituições não vão estar preocupadas com as pessoas, mas com o que vai dar lucro ou não”, disse Fátima.
Um dos pontos altos da mobilização da Frente foi o Ato Público que saiu da Catedral de Brasília e seguiu até o Senado Federal. A ideia era protestar com relação ao financiamento contra a privatização. Para Maria Inês Bravo, o ato “deu visibilidade pra Frente e deu um enfoque na privatização contra todas as formas de gestão”.
Foi, ainda, estabelecido um Grupo de Trabalho (GT) que irá discutir a situação das Comunidades Terapêuticas. O CRP-RJ, que já debate o tema, faz parte do GT. “O projeto de financiamento público para as Comunidades Terapêuticas está sendo reforçado e nós precisamos agir contra isso”, disse a psicóloga Daniela Albrecht (CRP 05/30760), colaboradora do Conselho. O Fórum de Saúde do Rio de Janeiro volta a se reunir já no primeiro mês do ano: o próximo encontro acontece dia 24 de janeiro, na Uerj.