Um ato público nesta sexta-feira, 9 de dezembro, vai reunir pessoas e entidades que se articulam contra o recolhimento compulsório de crianças, adolescentes e adultos usuários de drogas nas ruas do Rio de Janeiro. O Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ), que participa ativamente das lutas na área, participará do movimento, que acontece a partir de 11h nas escadarias do prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O ato foi uma proposta da campanha nacional “Criança não é de rua”, que realizará manifestações simultâneas em diversas capitais do Brasil. No Rio de Janeiro, o ato será organizado pela Rede Rio Criança. Segundo a secretária executiva da Rede, Márcia Gatto, é um momento importante para chamar a atenção e pressionar o governo. “O ato, assim como todas as entidades envolvidas, exige a abolição do recolhimento compulsório” afirma Márcia.

A psicóloga Beatriz Adura (CRP05/34897), da Comissão de Políticas Públicas do CRP-RJ, destaca que a política de recolhimentos faz parte de estratégias de “limpeza” da cidade. Ela lembra que a população recolhida não recebe a assistência devida. “O recolhimento é uma violação das diretrizes de saúde. O que está em jogo é qual assistência a população de rua vai ter direito: a do recolhimento e da violência, ou da saúde com sua universalidade, assistência na comunidade e sem a retirada à força do usuário do seu local de moradia”, ressalta.

O ato contra começa às 11h desta sexta-feira, 9 de dezembro, nas escadarias da Alerj, que funciona no Palácio Tiradentes, à Rua Primeiro de Março, s/n, Centro, Rio de Janeiro (ao lado do Paço Imperial).