Depois de dois encontros na sede do Conselho Regional de Psicologia (CRP-RJ), o Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop) vai até a cidade de Cabo Frio, na região dos Lagos, para continuar a discussão sobre políticas públicas para atendimento de idosos. O evento acontece no dia 25 de novembro (sexta-feira), das 14h às 18h, na Universidade Veiga de Almeida (Estrada Perynas, s/n) e é parte da pesquisa sobre a atuação de psicólogos na Política Nacional do Idoso.
Sede do CRP-RJ voltou a receber o encontro
A psicóloga Beatriz Adura (CRP 05/34879), assessora técnica do Crepop no CRP-RJ, explicou que a intenção é levar as discussões para o maior número de municípios do estado, e por isso a escolha por Cabo Frio. “Queremos ampliar a perspectiva política do CRP-RJ de regionalização, ou seja, de tirar a informação só dos grandes centros e difundi-las nos centros menores”, explicou Beatriz, destacando que outras cidades receberam eventos do Crepop em ciclos anteriores.
Os encontros ocorridos na capital do estado foram bastante produtivos. O segundo deles, realizado no último dia 10, discutiu a temática a partir de três pontos: impasse ético, interdisciplinaridade, multisetorialidade e comunidade. Os psicólogos presentes contaram histórias que envolviam esses temas, relacionando-os a situações que já haviam presenciado ou ficcionais.
A gerontóloga e psicóloga Maria Celi Lyrio Crispim (CRP 05/6066), por exemplo, contou o caso de um idoso diagnosticado com mal de Alzheimer, mas que, na verdade, tinha câncer na língua. Ela, então, descreveu o trabalho multidisciplinar que foi realizado. “Já me falaram que, quando há um psicólogo nessas equipes multidisciplinares, parece que ‘se abre uma luz’. Temos que aproveitar os espaços e fincar nossa bandeira”, afirmou.
Um tema que gerou bastante discussão foi levantado pelo psicólogo Tiago Régis de Lima (CRP 05/37479), colaborador do CRP-RJ. Ele questionou a onda de criação de Centros de Referência de idosos que ocorre no estado. “Mais importante que o Centro de Referência é o centro de convivência”, opinou Tiago.
O psicólogo Lindomar Expedito Darós (CRP 05/20112), psicólogo da Vara da Infância, Juventude e Idoso de São Gonçalo e conselheiro do CRP-RJ também participou da discussão. “Que políticas públicas poderiam ser viabilizadas para diminuir a necessidade de abrigamento?”, questionou.
No encerramento, profissionais participantes destacaram a importância da discussão. A psicóloga Liliane Maria Silva Melo Bruno (CRP 05/20046), que trabalha na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), concluiu afirmando: “a rede a gente forma assim. Temos que esclarecer pras pessoas que você poder produzir muita coisa a partir dessa experiência de vida que é o envelhecimento”.
22 de novembro de 2011