As relações entre a Psicologia, a ética e os direitos humanos foram discutidas a partir de vários pontos de vista nos últimos dias 9 e 10 de setembro. Nessas datas, ocorreu o “VI Seminário de Psicologia e Direitos Humanos: Direitos humanos como práticas: por uma ética de afirmação da vida”, realizado pelo CRP-RJ na Unirio.
A abertura do evento se deu com uma apresentação de dança com os alunos do Curso Livre de Conscientização do Movimento da Escola e Faculdade de Dança Angel Vianna. O grupo é formado por ex-internos do Hospital Psiquiátrico Casa de Saúde Dr. Eiras (Paracambi), alunos da faculdade e profissionais de Saúde.
Em seguida, o coordenador do Programa de Pós-Graduação em memória Social da Unirio, Francisco de Faria, agradeceu a parceria com o CRP-RJ. “É uma honra termos sido escolhidos para sediar este seminário”, afirmou.
A mesa de debates contou com os conselheiros José Novaes (CRP 05/980), Pedro Paulo Bicalho (CRP 05/26077) e Rosilene Cerqueira (CRP 05/10564), que apresentaram tema do evento e as ações do CRP-RJ com relação aos direitos humanos.
Finalizando o primeiro dia, ocorreu um coquetel em que foi relançado o livro “Formação: ética, política e subjetividades na Psicologia”, organizado pela Comissão de Estudantes do CRP-RJ.
No segundo dia, os participantes puderam conferir três mesas de debates, além de atividades culturais. Na primeira mesa, “Fazeres psi, direitos humanos e a construção de outros possíveis”, as psicólogas convidadas Helena Rego Monteiro (CRP 05/24180), Eliana Olinda (CRP 05/24612) e Wilma Mascarenhas (CRP05/24822) falaram sobre possibilidades de afirmação da vida nas práticas dos psicólogos. A mediação foi da psicóloga Esther Arantes (CRP 05/3192).
A mesa “Práticas de aprisionamento da vida e produção de resistências” teve como convidadas as psicólogas Luciana Vanzan (CRP 05/35832), Ana Carla Silva (CRP 05/18427) e Ana Lucia Furtado (CRP05/0465), mediadas pelo conselheiro Lindomar Darós (CRP 05/20112). Eles discutiram estratégias possíveis aos psicólogos em situações em que, a princípio, parece impossível produzir vida.
A conferência de encerramento foi proferida pela psicóloga Cecília Coimbra (CRP 05/1780), professora da UFF e presidente do Grupo Tortura Nunca Mais-RJ.
Ao longo do dia, ocorreu uma oficina de grafite com o movimento Enraizados (http://www.enraizados.com.br). Também houve a exibição do vídeo “Psicologia e movimentos sociais: uma outra formação é possível”, realizado Comissão do Estudantes do CRP-RJ a partir da participação no Fórum Social Mundial.
Finalizando o evento, a última atividade cultural foi a apresentação de uma roda de funk da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (APAFunk), movimento contra a criminalização desse estilo musical e sua valorização enquanto patrimônio cultural (http://apafunk.blogspot.com/).
Fotos: Bárbara Skaba