Envelhecimento, esporte e atividade física foi o tema do ciclo de debates do projeto Lance Livre ocorrido no dia 31 de agosto. O encontro, organizado pelo Grupo de Trabalho de Psicologia do Esporte do CRP-RJ, contou com a presença de Eduardo Drummond, professor do Instituto de Educação Física da UFF, Paulo Farinatti, professor do Instituto de Educação Física e Desportos da UERJ, Ericka Federici, graduada em Educação Física e Psicologia, e Tulio de Almeida, nadador master do Fluminense F.C.
Todos os palestrantes ressaltaram que é muito importante que os idosos façam exercícios físicos, seja para melhorar a qualidade de vida, aumentar a autoestima ou evitar quedas.
Eduardo Drummond, coordenador do projeto Vida Saudável, comentou que, em 2001, a UFF criou um projeto para prevenção de quedas, atuando em três frentes: no fortalecimento muscular, a partir da prática de esportes, nas residências dos participantes, realizando modificações para evitar acidentes, e nas ruas.
Outro ponto levantado durante o debate foi a qualidade das atividades físicas propostas. “Apesar de esse grupo etário ser bastante aberto para quase qualquer coisa que se ofereça, precisamos fugir do velho assistencialismo que só se preocupa com o preenchimento do tempo livre”, afirmou Drummond.
Ericka Federici colocou a sociabilidade como um dos principais motivos que levam os idosos a buscar novas atividades físicas. Segundo ela, uma melhor percepção do envelhecimento como um processo fisiológico e biológico ajuda aumentar a auto estima. “Isso os incentiva a continuar participando dos projetos”, explicou.
Além disso, Federici ressaltou a importância da realização de atividades físicas na conquista da independência do idoso, desmistificando a visão fragilizada. “Precisamos incentivar a prática de esportes, mas mostrando até que ponto podem ir sem colocar a saúde em risco”.
Paulo Faranatti também julga o bem-estar do idoso como um ponto chave nos programas para 3ª idade. O projeto Idosos em movimento: mantendo a autonomia, realizado desde 1998, tem como objetivo construir metodologias de ensino mais eficazes, seguras e adequadas a idosos, “permitindo que eles participem de forma ativa na comunidade, fazendo tudo que tem vontade em seu tempo livre”, colocou Faranatti.
O nadador máster do Fluminense F.C Tulio Almeida comentou que o contato com pessoas de outras gerações é fundamental para estimular a participação dos idosos nos projetos. “Na minha opinião, essa nomenclatura de que nos tornamos idosos com 60 anos é errônea. Já vi pessoas com 90 anos realizarem travessias a nado maiores do que quando eram jovens”, brincou.
O encontro foi encerrado por um debate.
