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Último evento preparatório do Ano da Psicoterapia é realizado no Rio


Data de Publicação: 3 de agosto de 2009


1-ultimo-evento-preparatorio-do-ano-da-psicoterapia-e-realizado-no-rio01O CRP-RJ realizou, no dia 1º de agosto, o oitavo e último evento preparatório do Ano da Psicoterapia. O encontro ocorreu na sede do Conselho, na Tijuca, e contou com a participação de psicólogos, estudantes e representantes de comissões do CRP-RJ.

A conselheira Ana Carla Souza Silveira da Silva (CRP 05/18427), coordenadora da Comissão de Saúde e da Comissão Organizadora do Ano da Psicoterapia, começou explicando que o objetivo desse projeto é ampliar as discussões e construir referências sobre essa prática. “O CRP-RJ vem, desde novembro de 2008, fazendo discussões para entender o que os psicólogos pensam sobre esse campo de prática. Percebemos que a maior

O CRP-RJ realizou o oitavo e último evento preparatório do Ano da Psicoterapia com o objetivo de ampliar as discussões e construir referências sobre essa prática.

O CRP-RJ realizou o oitavo e último evento preparatório do Ano da Psicoterapia com o objetivo de ampliar as discussões e construir referências sobre essa prática.

parte dos profissionais atua com psicoterapia”.

Segundo Ana Carla, os eventos seguiram a política do CRP-RJ de pautar as discussões sobre a prática dos psicólogos referenciadas nos direitos humanos. “Temos uma visão crítica da psicoterapia. Quando pensamos em realizar o Ano da Psicoterapia no Rio, nos responsabilizamos por fazer eventos preparatórios dando um tom crítico à discussão e relacionando a psicoterapia com outras áreas”. Ela acrescentou que, nesse sentido, já foi realizado debate sobre psicoterapia e diversidade sexual e, haverá, no segundo semestre, um seminário sobre ética e psicoterapia, da Comissão de Orientação e Ética. e o seminário “Psicoterapia como Pena”, organizado pela Comissão Regional de Direitos Humanos.

Em seguida, a conselheira esclareceu como funciona o Ano da Psicoterapia. “Cada Conselho Regional realiza eventos preparatórios e um Seminário Regional (o do Rio de Janeiro será no dia 15 de agosto). Nos preparatórios, são feitas propostas, que serão apresentadas no Seminário Regional, que resultará em um relatório. Esse documento será encaminhado ao grupo de trabalho nacional formado por pessoas indicadas pelos conselhos regionais. Elas organizarão as informações recebidas para serem discutidas no Seminário Nacional, nos dias 1, 2 e 3 de outubro. Ao final do processo, serão eleitas referências para a prática da psicoterapia. Mas é importante ressaltar que são referências, ou seja, são propostas de atuação flexíveis, que devem variar de acordo com cada contexto.”

Ana Carla ressaltou ainda que cada Conselho Regional tem autonomia para realizar seus eventos nos moldes que escolher. No caso do Rio de Janeiro, foi decidido levar a discussão a diversas regiões do estado. “Já realizamos sete eventos preparatórios no interior. O de hoje é o oitavo. Acreditamos que o CRP tem de se aproximar da maior parte possível dos psicólogos. Fomos ao interior para não restringir a discussão à capital”, declarou.

O psicólogo e colaborador da Comissão de Orientação e Ética (COE) do CRP-RJ, Marco Aurélio de Rezende (CRP 05/27536), destacou a participação da COE no Ano da psicoterapia. “Geralmente, a COE é malvista, pois é um local que os psicólogos conhecem quando sofrem uma denúncia ética. Mas ela é Comissão de Orientação e Ética e, nessa gestão, focamos a orientação. Em 2008, fizemos o I Fórum de Ética, que discutiu os laudos psicológicos, objetos de muitas denúncias que recebemos. Esse ano, o II Fórum vai ter como tema ‘Ética e psicoterapia: novas perspectivas’. Não poderíamos ficar de fora das discussões sobre psicoterapia, pois a maior parte das denúncias que recebemos é referente à prática da clínica individual. E isso se dá exatamente porque a maior parte dos psicólogos atua nessa área”.

Após as apresentações, foi exibido um vídeo, produzido pelo CFP, sobre o Ano da Psicoterapia. O filme e algumas situações-problema apresentadas serviram como disparadores para o debate sobre os três eixos do Ano da Psicoterapia: “A constituição das psicoterapias como campo interdisciplinar”; “Parâmetros técnicos e éticos mínimos para a formação na graduação e na formação especializada e para o exercício da psicoterapia pelos psicólogos”; e “Relações com os demais grupos profissionais”.

O debate gerou diversas propostas de diretrizes para serem discutidas no Seminário Regional. Entre as propostas do eixo 1, estavam: o acompanhamento permanente pelo Sistema Conselhos e sindicatos de projetos de lei que digam respeito à psicoterapia; pensar o psicoterapeuta na clínica ampliada, na qual outros atores sejam convocados a se co-responsabilizar; realizar pesquisas para analisar a demanda que o psicólogo recebe e como ele é visto no imaginário social; valorizar a importância da psicoterapia como um campo multifacetado e não dar hegemonia a  abordagens psicoterápicas específicas; e pensar condições institucionais mínimas que garantam direitos aos psicólogos.

Já com relação aos eixos 2 e 3, foram propostas a intensificação das mobilizações e articulações contra o “ato médico”, tanto na letra da lei quanto na prática cotidiana dos serviços de saúde; participação política como parte da formação; pensar no fato de as universidades não formarem mais psicólogos e sim bacharéis em Psicologia (proposta em andamento no MEC), analisando quem ocupará o lugar de formar os psicólogos; importância da formação permanente como política das próprias instituições, com o gestor proporcionando esse espaço aos psicólogos; e importância do tripé “universidades – conselho profissional – escolas de formação” para a formação em psicoterapia.



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