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CRP-RJ promove evento do Ano da Psicoterapia em Campos


Data de Publicação: 22 de julho de 2009


Dando continuidade aos eventos preparatórios para o Ano da Psicoterapia, o CRP-RJ realizou um encontro em Campos dos Goytacazes, no dia 11 de julho. A atividade, realizada na Universidade Estácio de Sá, contou ainda com a participação da Comissão de Orientação e Ética (COE), que organizará um evento sobre Psicoterapia e Ética em outubro.

Foto da mesa e abertura com as palestrantes Fernanda Mendes Lages Ribeiro, Fernanda Brant Gabry Stellet, Ana Carla Souza Silveira da Silva, Claudete Francisca de Souza e Maria da Conceição Nascimento.

Fernanda Mendes Lages Ribeiro, Fernanda Brant Gabry Stellet, Ana Carla Souza Silveira da Silva, Claudete Francisca de Souza e Maria da Conceição Nascimento, da esquerda para direita na mesa de abertura, destacaram que o objetivo do Conselho é construir uma Psicologia que seja comprometida com as demandas da sociedade.

Dando início ao evento, a conselheira-secretária do CRP-RJ, Maria da Conceição Nascimento (CRP 05/26929), membro da Comissão Organizadora do Ano da Psicoterapia, destacou que o objetivo do Conselho é construir uma Psicologia que seja comprometida com as demandas da sociedade. “Tentamos fazer com que esses debates sobre psicoterapia tenham a participação de todos os psicólogos. Por isso, estamos aqui em Campos e realizamos eventos em diversas regiões do estado, para não restringir à capital”, afirmou.

A conselheira apresentou ainda as comissões e grupos de trabalho do CRP-RJ e convidou todos a participarem de suas atividades, entrando em contato através da subsede ou dos e-mails das comissões e comparecendo às reuniões e eventos. “Queremos que todos se sintam fazendo parte do Conselho”, completou.

A psicóloga Fernanda Brant Gabry Stellet (CRP 05/29217), ex-conselheira e membro da Comissão Gestora da subsede de Campos, apresentou essa comissão e explicou que ela está iniciando suas atividades, assim como a própria subsede, que já funciona às terças e quintas-feiras com um agente administrativo. “Em agosto, teremos um funcionamento diário, com a psicóloga Claudete Souza, que ficará com a parte de orientação e fiscalização. Nós estamos abertos à colaboração de cada psicólogo. Contamos com a participação de vocês para construir ações para a região”, acrescentou.

Em seguida, Claudete Francisca de Souza (CRP 05/35806), psicóloga concursada do CRP-RJ para ficar responsável pela subsede de Campos, reafirmou a disponibilidade da subsede a acolher todos os psicólogos da região. “Tenho muita consciência do trabalho político que podemos desenvolver não só em Campos como em todo o Norte Fluminense. Estou à disposição de vocês e espero vocês na subsede”.

A conselheira coordenadora da Comissão Organizadora do Ano da Psicoterapia, Ana Carla Souza Silveira da Silva (05/18427), também destacou o caráter coletivo do CRP-RJ. “Essas falas são interessantes para mostrar que o CRP é de todos nós. Há um grupo que faz a gestão administrativa, mas o Conselho funciona a partir da atuação da categoria. É possível ter um conselho totalmente ‘desantenado’ do que os psicólogos estão fazendo – e isso já aconteceu -, mas não é o que queremos”.

Ana Carla explicou, então, o funcionamento do Ano da Psicoterapia. “Temos três eixos, decididos em assembleia geral dos Conselhos Regionais e Federal, que serão discutidos aqui, assim como em todos os eventos preparatórios desse e dos demais Regionais. Em 15 de agosto, haverá o Seminário Regional, onde serão discutidas as propostas desses eventos. No final, será feito um relatório, enviado ao CFP. Em outubro, ocorrerá um Seminário Nacional, que dará origem a um relatório final, sistematizando as discussões de todos os CRPs”.

Ela completou ainda que os eixos do Ano da Psicoterapia são: “A constituição das psicoterapias como campo interdisciplinar”; “Parâmetros técnicos e éticos mínimos para a formação na graduação e na formação especializada e para o exercício da psicoterapia pelos psicólogos”;e “Relações com os demais grupos profissionais”.

A psicóloga Fernanda Mendes Lages Ribeiro (CRP 05/31251), colaboradora da COE, convidou todos a participarem do II Fórum de Ética – Ética e Psicoterapia, que será realizado em outubro. Ela explicou que os fóruns promovidos pela COE são parte dos esforços da comissão para se aproximar da categoria. “A COE vem, há algum tempo, procurando incluir no seu campo de trabalho a parte de orientação. Nesse sentido, temos realizado diversos eventos, como o Fórum de Ética, que, em 2008, abordou a questão da produção de laudos e, esse ano, aproveitando o Ano da Psicoterapia, será sobre a ética nesse campo”.

Após as falas da mesa de abertura, foi exibido um vídeo sobre o Ano da Psicoterapia, com participação do presidente do CFP, Humberto Verona, e outros convidados (para assistir ao vídeo, clique aqui). O vídeo e os textos geradores dos eixos, distribuídos aos presentes, serviram como disparadores do debate que se iniciou em seguida. Os participantes foram divididos em grupos para discutir os três eixos e elaborar propostas sobre seus temas.

Foto de grupo de debates do evento.

Os participantes foram divididos em grupos para discutir os três eixos e elaborar propostas sobre seus temas.

O grupo que debateu o Eixo 1 era composto, em sua maioria, por formandos e psicólogos recém-formados e, apesar de esse eixo não abordar a formação diretamente, esse acabou sendo um tema debatido. Assim, entre as propostas estavam: questionar o uso de disciplinas online pelas universidades, melhor preparação de professores e dar destaque a todas as linhas psicoterápicas na graduação.

Sobre o Eixo 1 especificamente, os participantes destacaram a necessidade de questionar a subordinação dos psicólogos ao encaminhamento do médico, acabar com o privilégio que algumas linhas de psicoterapia acabam tendo sobre as demais, a importância do diálogo com outros profissionais e áreas, o compromisso ideológico e político das psicoterapias (por exemplo, não contribuir para a patologização do fracasso escolar) e o compromisso ético com os pacientes.
No Eixo 2, os principais pontos foram a importância de formar parcerias com as instituições de ensino, de uma maior experiência prática em psicoterapia durante a graduação e de uma formação mais crítica.

Já no debate sobre o Eixo 3, foi focada a possibilidade de uma apropriação da mídia como forma de divulgar a Psicologia. Mas também foi ressaltado o cuidado necessário com os limites dessa participação. “Temos que estar atentos ao que falar e se realmente é para falarmos sobre determinado assunto, cuidando para não ‘psicologizarmos’ tudo”, afirmou Maria da Conceição.

Texto e fotos: Bárbara Skaba

22 de julho de 2009
atualizado em 31 de julho de 2009