O GT de Psicologia do Esporte promoveu, no dia 22 de junho, mais um encontro do ciclo de debates Lance-Livre, realizado quinzenalmente. Desta vez, o tema foi “Psicologia e Esporte: diálogos ao longo da história”, e reuniu psicólogos, estudantes de Psicologia e profissionais de áreas afins.
Abrindo a mesa, Victor Andrade de Mello, professor da UFRJ, falou sobre Esporte, subjetividade e identidade na Modernidade: paralelos com o cinema. Focando no futebol, ele procurou correlacionar a prática desse esporte ao cinema, e como filmes que retratem o esporte influenciam na prática do futebol.
Segundo ele, para quem o espetáculo pode ser considerado o ponto de cruzamento entre o cinema e o esporte, a abordagem da mídia sobre o esporte, através das transmissões televisivas, mudou completamente a imagem do esporte junto à sociedade.
Cristianne Almeida Carvalho, doutoranda em Psicologia Social pela UFMA, vem desenvolvendo uma pesquisa sobre a história da Psicologia do Esporte e, na ocasião, apresentou seus primeiros resultados.
Conforme constatou, as primeiras inserções da Psicologia no esporte se deram ainda na década de 1930, sob grande influência do Exército. Ela também criticou o que chamou de história oficial e contestou o fato de que João Carvalhaes tenha sido o pioneiro da Psicologia do esporte, na década de 1940.
Antonio Carlos Nogueira Vargas, pós-graduado em Psicologia Aplicada ao Esporte de Alto Rendimento pela UVA, apresentou um pequeno histórico do esporte, dando ênfase à produção científica em Psicologia do Esporte.
Ele que fez um estudo quantitativo e qualitativo sobre essa produção cientifica, teceu críticas à inserção da Psicologia do Esporte na academia e ao modo como essa inserção influencia a baixa produção cientifica na área.
Antonio exortou os psicólogos a realizarem mais pesquisas na área para, assim, ampliar a reflexão sobre ela e sua fundamentação teórica, e, com elas, a credibilidade da Psicologia do Esporte junto aos outros campos psi.
Texto: Felipe Simões
1° de julho de 2009