O CRP-RJ abriu, recentemente, um processo licitatório para venda da sede atual, na Tijuca, e da antiga, em Botafogo. A venda desses imóveis e a compra de um novo fazem parte da proposta de mudança de sede do Conselho, aprovada pela categoria em Assembleia Extraordinária, em novembro de 2008 (veja aqui como foi).
Nesse projeto, o CRP-RJ levou em consideração principalmente o fato de que, além de não apresentar condições de acessibilidade a portadores de necessidades especiais, as estruturas da atual sede não suportariam reformas para garantir tais condições. Essas constatações estão presentes no parecer técnico elaborado pelo arquiteto Paulo Roberto de Freitas sobre as condições estruturais dos imóveis da Tijuca e de Botafogo.
Ainda de acordo com o parecer, as instalações físicas do edifício da Tijuca apresentam-se em condições de insalubridade e não contemplam o crescimento significativo observado nas atividades do Conselho nos últimos anos. Quanto ao imóvel de Botafogo, o documento aponta, entre outros problemas que comprometem sua estrutura, a impossibilidade de adaptá-lo a condições necessárias de acessibilidade por ele ser preservado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o que significa que não pode sofrer modificações em sua fachada.
Com o objetivo de dar prosseguimento aos trâmites que envolvem a compra e a venda dos imóveis em questão, o CRP-RJ organizou uma comissão especial para cuidar exclusivamente dessa tarefa. O grupo é composto pelos conselheiros Lindomar Expedito Silva Darós (CRP 05/20112), Pedro Paulo Gastalho de Bicalho (CRP 05/26077) e Vivian de Almeida Fraga (CRP 05/30376), além dos funcionários Roner Tavares, Flávia Alessandra de Freitas e Mauro Vital.
Citando trechos desse parecer, Mauro ressaltou que a nova sede precisa “abrigar uma área que permita acompanhar o crescimento do Conselho. O imóvel deve contemplar a possibilidade de reforma; ter acessibilidade conforme os padrões legais da lei em vigor; ter, aproximadamente, 1.850 metros quadrados de área construída; e estar próxima a uma estação de metrô, pontos de ônibus e estacionamentos”.
Segundo Vivian, a meta da comissão é comprar o novo imóvel até julho deste ano e está sendo priorizado todo o entorno central da cidade, abrangendo o raio que se estende da Praça Tiradentes até o Catete, e contemplando uma área que, de acordo com a conselheira, é de melhor acesso a toda a categoria de uma forma geral. Ela destacou ainda que a nova sede precisa estar localizada em uma área relativamente segura, “em boas condições de iluminação e com grande fluxo de pessoas ao longo do dia, visto que grande parte das reuniões e dos eventos que ocorrem no CRP-RJ se dão na parte da noite”.
Já Lindomar lembra a necessidade de a nova sede abrigar uma infra-estrutura de fácil acesso a pessoas com necessidades especiais e também ter um espaço disponível para a criação de um centro de memórias do Conselho, com uma biblioteca que possa atender a psicólogos e estudantes de Psicologia.
Texto: Felipe Simões
16 de fevereiro de 2009