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Palestras no CRP-RJ discutem as práticas dos psicólogos


Data de Publicação: 28 de agosto de 2008


Como parte do evento comemorativo do Dia do Psicólogo, em 27 de agosto, o CRP-RJ promoveu, no auditório da sua sede, uma mesa redonda “Problematizando nossas práticas”, que agregou diferentes temas sobre a prática da Psicologia e as funções do Sistema Conselhos na orientação e fiscalização dessas práticas.

Foto da mesa redonda.

Mesa redonda “Problematizando nossas práticas” agregou diferentes temas sobre a prática da Psicologia e as funções do Sistema Conselhos na orientação e fiscalização dessas práticas.

Compuseram a mesa a psicóloga Esther Arantes (CRP 05/3192), colaboradora da Comissão Regional de Direitos Humanos do CRP-RJ; Lygia Santa Maria Ayres (CRP 05/1832), conselheira coordenadora da Comissão de Ética; Noeli Godoy (CRP 05/24995), conselheira-secretária; Anne Meller (CRP 05/27198), assistente técnica da Comissão de Orientação e Fiscalização; e Roseli Goffman (CRP 05/2499), conselheira do Conselho Federal de Psicologia.

Inicialmente, Esther Arantes discursou sobre os riscos constantes a que estão expostos os psicólogos: “O profissional psi está exposto a tantas mazelas que termina absolutamente suscetível a elas. A pergunta é: como reagir a elas? Mais: qual a nossa ética e como podemos fazer dela algo que possa nos proteger também?”. Concluiu ressaltando a função dos Conselhos Regionais em proteger seus psicólogos e dar-lhes orientação institucional.

Logo em seguida, falou a conselheira Lygia Ayres, afirmando que, institucionalmente, o trabalho da COE é instruir processos e punir psicólogos quando constatada violação dos princípios éticos preconizados no Código de Ética dos Psicólogos e da Resolução 007 de 2003. No entanto, observou ela, o grande desafio da COE é pensar a ética para além desses processos punitivos, “sair desse lugar de penalização” e começar a “ocupar outros lugares”.

Lygia salientou também que é função da Comissão de Ética “acolher toda denúncia” destinada a psicólogos que infrinjam o Código de Ética no exercício da profissão, contanto que essa denúncia seja “qualificada e apresente materialidade”. Mas advertiu que “somente penalizações não levam a lugar nenhum”, e que, portanto, a COE deve ser a primeira a pensar os princípios que norteiam a prática em Psicologia.

A conselheira Roseli, por sua vez, aproveitou a oportunidade para ponderar a necessidade de a Psicologia se inserir mais amplamente no debate em torno da democratização da comunicação. De acordo com ela, embora a Psicologia já participe do debate há 15 anos, é fundamental que ela atue no sentido de buscar “maior diversificação na produção dos conteúdos veiculados”, além de “lutar por formas alternativas de veiculação da informação”. Ao que Noeli Godoy complementou: “Comunicação é um direito humano, universal, e muitas vezes nós não somos contemplados com ele”.

O fim da mesa foi reservado a Anne Meller, supervisora da COF, que explicou quais sâo as atribuições institucionais da comissão: “orientar, fiscalizar e disciplinar o exercício profissional da Psicologia”. Apesar disso, Anne destacou que a atual gestão do CRP-RJ está empenhada em dar ênfase à orientação dos psicólogos, e não à fiscalização.

Ao término, foi exibido um pequeno vídeo onde foram mostradas pessoas atuantes no campo da comunicação manifestarem seu desejo em haver uma conferência nacional de comunicação, que amplie e democratize debates.

Texto e foto: Felipe Simões

28 de agosto de 2008