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CRP-RJ recebe palestra com a psicoterapeuta mexicana Teresa Robles


Data de Publicação: 15 de agosto de 2008


A sede do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ) acolheu, na noite de 7 de agosto, uma palestra com a renomada psicoterapeuta mexicana Dra. Teresa Robles sobre o uso da hipnose nas práticas psicológicas. Estiveram presentes também o conselheiro-presidente do CRP-RJ, José Novaes, e a pedagoga, psicóloga e hipnoterapeuta Regina Nohra.

Por cerca de duas horas, Dra. Robles falou aos 50 psicólogos e terapeutas presentes sobre a Hipnose Natural Ericksoniana, técnica terapêutica desenvolvida pelo norte-americano Milton H. Erickson (1901-1980).

Para contextualizar as práticas terapêuticas ericksonianas, Robles lançou mão de um recurso amplamente adotado por Erickson: contar histórias. Conforme justificou, “conto as histórias de Milton Erickson porque ele mesmo dizia que histórias ensinam e também porque suas técnicas nasceram tangenciadas às suas histórias de vida”.

Segundo Robles, contar histórias é um jeito de se fazer terapia, pois é através delas que são tecidas as relações iniciais entre terapeuta e paciente. Para ela, é fundamental que o terapeuta também esteja aberto ao seu paciente a fim de que, a partir daí, seja estabelecido um fluxo terapêutico “em múltiplos níveis e camadas”, deixando o paciente confortável ao longo do processo.

Ainda de acordo com a psicoterapeuta, é importante que o paciente aprenda a “estar bem”, na medida em que a terapia ericksoniana “não o ensina a ficar bem, mas a suprimir aquilo que lhe faz mal, ajudando-o a voltar naturalmente a estar bem”. Apesar disso, ela destacou que a hipnose não tem sentido nem efeito prático se não for acompanhada por um tratamento psicoterápico paralelo.
Teresa Robles disse incentivar todos os seus alunos ou pessoas que compareciam a seus seminários a desenvolverem suas próprias técnicas terapêuticas a partir de suas crenças, experiências e histórias e deixou um recado a todos os psicólogos: “Nós, psicólogos e terapeutas, somos nossos próprios instrumentos de trabalho; é preciso, então, despertar essa nossa ‘sabedoria universal’ ou o nosso ‘inconsciente coletivo’, como definiu Jung, para ajudar os nossos pacientes”.

Texto e foto: Felipe Simões

13 de agosto de 2008