A Comissão de Orientação e Fiscalização (COF) do CRP-RJ promoveu uma reunião no dia 22 de julho para debater, junto à categoria de profissionais em Psicologia, as novas medidas previstas pela resolução n˚ 267/2008 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A resolução é uma iniciativa do Contran de normatizar os exames de aptidão física e mental, as avaliações psicológicas e o credenciamento das entidades públicas e privadas que atuam na área do trânsito, entre os quais, os psicólogos.
Ocorrida na sede do CRP-RJ, na Tijuca, a reunião contou com a presença de mais de 70 psicólogos que operam em Psicologia do Trânsito, além do conselheiro- presidente do CRP-RJ, José Novaes, da conselheira- presidente da COF, Wilma Fernandes Mascarenhas, das assistentes técnicas da COF Anne Meller, Cristiane Pereira Santos Lima, Elaine Christóvam Azevedo, Eliane de Araújo Waissmman e Lysianne Moura da Frota, e da assessora do CREPOP Beatriz Adura.
Novaes deu início ao encontro informando que o objetivo era “recolher os questionamentos e as demandas” para, assim, “articular sugestões e resoluções”. O conselheiro lembrou também que a reunião foi uma solicitação do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que convocou os Conselhos Regionais a discutirem as diretrizes da resolução junto aos psicólogos da área.
Segundo a Supervisora da COF, Anne Meller, a convocação dessa assembléia objetivou problematizar as decisões previstas pela resolução e avaliar, próximo aos profissionais da área, o impacto direto ou indireto que essas medidas vão causar no funcionamento das clínicas que operam com Psicologia do Trânsito.
Os principais descontentamentos assinalados pelos psicólogos presentes estiveram relacionados à defasagem salarial – visto que, de acordo com eles, os honorários determinados pelo Detran para a avaliação psicológica estão abaixo da tabela sugerida pelo CFP; ao impacto do Título de Especialista em Psicologia do Trânsito no credenciamento dos psicólogos a partir de 2013; ao impacto de dez avaliações por psicólogo numa carga horária de 8h/dia; e à não cobrança de honorários relativa à retestagem do candidato.
A reunião teve início às 14h30min e terminou às 17h, com a concordância geral dos presentes em torno da proposta apresentada pela conselheira Wilma: a de “coletivizar as demandas da área” através da construção de um grupo de trabalho entre conselheiros, assistentes-técnicas da COF-RJ e os presentes na reunião. Os objetivos são problematizar de forma organizada, política e ética a atuação na área da Psicologia do Trânsito e construir em conjunto com a categoria soluções e alternativas possíveis às questões atuais que causam impacto na prática profissional do psicólogo.
Texto e foto: Felipe Simões
04 de agosto de 2008