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Conselheira do CRP-RJ participa de reunião da ANS


Data de Publicação: 20 de dezembro de 2006


A Comissão de Saúde do CRP-RJ, através da Conselheira Ana Lúcia Lemos Furtado, representou o Conselho Federal de Psicologia no seminário Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças no Setor de Saúde Suplementar, promovido pela Agência Nacional de Saúde (ANS) no Hotel Glória – Rio, no dia 13 de dezembro de 2006. Participaram do encontro várias operadoras de Planos de Saúde, membros da Câmara de Saúde Suplementar e colaboradores da ANS.

O eixo principal do seminário consistia no incentivo para realização de ações de promoção de saúde e prevenção de doenças no âmbito da assistência privada de saúde, no intuito de ampliar a defesa do interesse público no setor complementar, de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) constantes da Lei 8.080/90.

A Comissão de Saúde do CRP-RJ avaliou como positiva a iniciativa da ANS ao propor mudanças no modelo assistencial praticado na Saúde Suplementar. Sabemos que o modelo hegemônico atual, com enfoque biologicista, desconsidera os determinantes sociais do processo saúde-doença, resultando em ações desarticuladas, desintegradas, pouco cuidadoras, quase sempre focadas numa assistência médico-hospitalar especializada. Esse modelo, via de regra, acentua a incorporação acrítica de tecnologias novas tornando-o dispendioso e pouco eficiente.

Durante o seminário, a ANS lançou a publicação denominada “Manual Técnico de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças na Saúde Suplementar”, apresentando às operadoras de Planos de Saúde um novo paradigma de atenção, onde o foco está centrado no beneficiário, alinhando as especificidades do Setor Suplementar às políticas públicas preconizadas pelo Ministério da Saúde para todo o Brasil.

As operadoras de Planos de saúde foram representadas no seminário, em sua absoluta maioria, pelos seus médicos responsáveis. A proposta encontrou resistências por parte dessa representação, que manifestou interrogações e dúvidas a cerca dos custos e resultados quanto à sua aplicabilidade, deixando evidente o quanto o tema ainda carece de discussão.

Foi observado, ainda, a ausência no evento, de outros profissionais de saúde, não médicos, o que também indica o quanto o modelo assistencial vigente na Saúde Suplementar ainda se apóia predominantemente na figura do profissional médico.

19 de dezembro de 2006