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Quart’ética: o lugar do Psicólogo na Justiça


Data de Publicação: 29 de setembro de 2006


Evento da Comissão de Ética promove reflexões sobre o lugar político-ético do Psicólogo, o seu compromisso social e os desafios e conflitos decorrentes da sua inserção no campo da Justiça.

Evento da Comissão de Ética promove reflexões sobre o lugar político-ético do Psicólogo, o seu compromisso social e os desafios e conflitos decorrentes da sua inserção no campo da Justiça.

A Comissão de Orientação e Ética do CRP-RJ realizou, no dia 27 de setembro, outra Quart’ética. O evento discutiu o tema “Relações Psicologia e Justiça: o lugar do Psicólogo” a partir da historicização das práticas psicológicas neste espaço de trabalho, promovendo reflexões sobre o lugar político-ético do Psicólogo, o seu compromisso social e os desafios e conflitos decorrentes da sua inserção no campo da Justiça.

Para integrar a mesa-redonda foram convidadas as expositoras Anna Paula Uziel, coordenadora do Curso de Especialização em Psicologia Jurídica da UERJ – CRP 05/17260, Leila Maria Torraca de Brito, professora adjunta do Instituto de Psicologia da UERJ – CRP 05/5874; e a debatedora Ester Maria de Magalhães Arantes, professora da PUC-Rio, professora adjunta do Programa de Políticas Públicas e Formação Humanas da UERJ e coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do CFP – CRP 05/3192.

O evento reuniu estudantes de Psicologia, psicólogos da área jurídica e acadêmicos que discutiram e refletiram sobre a complexidade e os desafios das relações Psicologia e Justiça.

O evento reuniu estudantes de Psicologia, psicólogos da área jurídica e acadêmicos que discutiram e refletiram sobre a complexidade e os desafios das relações Psicologia e Justiça.

O evento reuniu estudantes de Psicologia, psicólogos da área jurídica e acadêmicos que discutiram e refletiram sobre a complexidade e os desafios deste novo campo, definidos por Anna Paula Uziel: “A Psicologia é uma ciência em construção, que busca em suas inquietações algo novo para fazer, para pensar”. E foi a partir de sua prática como psicóloga no meio jurídico que ela buscou respostas para a questão: “a quem se dirige a psicologia jurídica e qual é a responsabilidade do profissional de Psicologia?”.

Anna Paula ressaltou as três dimensões – técnica, ética e política – em que o psicólogo está inserido quando trabalha neste campo. Para ela o desafio é criar, encontrar linhas de fuga que não submetam a Psicologia e a ética do profissional à Verdade do Direito, esquecendo que existem outras perspectivas. ”É preciso repensar estratégias de resistência, o papel da justiça, as ações do profissional e as suas escolhas”.

A Professora Adjunta do Instituto de Psicologia da Uerj, Leila Maria Brito, aprofundou a discussão acerca da função dos psicólogos, que cada vez mais trabalham em campos de atuação que congregam outras ciências, ao afirmar que a Psicologia deve intervir, buscar uma forma de colaborar com o Direito sem ratificar o seu discurso. Para ela, essa interdisciplinaridade deve “gerar uma reflexão sobre o papel ético do psicólogo”.

Ester Arantes salientou o respaldo dado pelo CRP. De acordo com ela, este respaldo permite ao profissional uma atuação ética diante de situações-limite que geram mal-estar e frustrações. “O campo da Psicologia Jurídica é uma área nova. É necessário refletir sobre essa interface com o Direito, sobre a comunicação que precisa ser estabelecida entre ambos. Buscar um ponto de convergência entre as verdades de cada ciência e os seus interesses de maneira que se possa favorecer os direitos e as potências da vida humana”, afirmou Ester.



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