O Sistema Conselhos de Psicologia, através do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Psicologia, desde o fim do século passado vem consolidando e fortalecendo ações voltadas para os Direitos Humanos, compromisso e responsabilidade social diante das questões LGBTI+. Um exemplo deste movimento e posicionamento é a Resolução CFP 001/99, que em dois mil e vinte e três completa os seus vinte e quatro anos de vigência e ruptura com práticas violadoras em relação à homossexualidade, sendo eleita a normativa mais criticada pelo conservadorismo e uma base para outras legislações importantes que auxiliam no processo de autodeterminação e protagonismo LGBTI+, como a Resolução CFP 001/18 (que estabelece normas de atuação para as psicólogas, psicólogos e psicólogues em relação às pessoas trans) e a Resolução CFP 008/22 (que estabelece normas de atuação para profissionais da psicologia em relação às bissexualidades e demais orientações não monossexuais).
Hoje, 17 de Maio, é uma data importante que demarca a necessidade de um olhar reflexivo para as questões LGBTI+, que nos convida a pensar e repensar a organização e os sistemas sociais contemporâneos e que, também, nos propõe a fomentar a erradicação do preconceito, do estigma e da intolerância frente às violações contra lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans, pessoas intersexos e demais populações reconhecidas dentro da lógica de diversidades sexuais, as quais, historicamente, são marginalizadas em decorrência das inúmeras tentativas de manutenção do padrão cisheteronormativo.
Combater práticas LGBTIfóbicas e garantir para todas(os/es) LGBTI+ a prestação de um trabalho técnico, científico, qualificado e humanizado é responsabilidade ética que deve ser avocada por todas(os/es) as(os/es) Psicólogas(os/es) inseridos no país.