No dia 15 de fevereiro deste ano, um grande desastre atingiu, mais uma vez, a Região Serrana do Rio de Janeiro, em especial a cidade de Petrópolis, na qual mais de 240 pessoas perderam suas vidas.
Hoje, 6 meses depois, a cidade ainda sofre em diversos bairros que não foram reconstruídos, prolongando o estado de emergência para boa parte de sua população.
Pessoas que perderam familiares, animais e bens materiais, vivem o luto dessas perdas e ainda precisam conviver com as dificuldades trazidas por ela. Muitas ainda não conseguiram receber o aluguel social, mesmo tanto tempo depois.
Relembrar a data não é para produzir sofrimento, mas sim para manter a memória das pessoas queridas que partiram, bem como para reafirmar a importância de evitar e prevenir grandes desastres como esse.
As políticas públicas, no âmbito da gestão integral de riscos, emergências e desastres devem se pautar pela prevenção. Sim, porquê um desastre não é necessariamente um imprevisto. Diversas condições sociais, naturais, econômicas, entre tantas outras, provocam tragédias que poderiam sim ter sido evitadas.
A Psicologia se faz presente nesta discussão, inclusive como uma das profissões fortemente requisitadas quando ocorre um desastre. E esta é uma atuação extremamente complexa e desafiadora para as (os) profissionais da Psicologia, mas também fundamentalmente necessária.
Por isso, o Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro mais uma vez se solidariza com as vítimas e pessoas atingidas, não só neste desastre, mas em tantos outros que insistem em colocar uma grande lupa sobre as vulnerabilidades sociais às quais tantos são submetidos.
Não apenas nos solidarizamos, mas também nos mobilizamos e nos engajamos na luta pela prevenção e pelos cuidados pós desastre.