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NOTA DE PESAR: CRP-RJ PRESTA HOMENAGEM À PSICÓLOGA VÍTIMA DE FEMINICÍDIO


Data de Publicação: 30 de outubro de 2020


WhatsApp Image 2020-10-30 at 10.43.07É com profunda tristeza que o Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro divulga a morte da psicóloga Rosineia Gomes Machado, vítima de feminicídio, ontem, 29 de outubro.

Segundo divulgado amplamente na imprensa, o suspeito é o ex-marido da psicóloga, que teria cometido suicídio após o crime.

Infelizmente, a morte de Rosineia engrossa as estatísticas de violência contra a mulher que tem aumentado consideravelmente no Brasil.

Segundo a primeira atualização do relatório produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), de 1º de junho de 2020, os casos de feminicídio cresceram 22,2%,entre março e abril deste ano, em 12 estados do país, comparativamente ao ano passado. Intitulado Violência Doméstica durante a Pandemia de Covid-19, o documento tem como referência dados coletados nos órgãos de segurança dos estados brasileiros.

Nos meses de março e abril, o número de feminicídios subiu de 117 para 143, e alguns fatores que explicam essa situação são a convivência mais próxima dos agressores, que, no contexto de pandemia, podem mais facilmente impedi-las de se dirigir a uma delegacia ou a outros locais que prestam socorro a vítimas, como centros de referência especializados.

Além disso, especialistas consideram que a estatística se distancia da realidade vivenciada pela população feminina quando o assunto é violência doméstica, que, em condições normais, já é marcada pela subnotificação.

Infelizmente o Brasil ainda reproduz uma cultura machista exacerbada que subjulga a mulher e produz violência física e psicológica. A Psicologia aponta a necessidade urgente para uma reflexão também sobre essa masculinidade que incentiva e corrobora violência de gênero. O Sistema Conselhos de Psicologia enfrenta essa temática por meio de conscientização do problema e também com a publicação Referência Técnica para Atuação de Psicólogas (os) em Programas de Atenção à Mulher em situação de Violência, produzida pelo CREPOP.

 

Como denunciar

Em razão da pandemia e das medidas de distanciamento social, as mulheres vítimas de violência acabam tendo sua rede de apoio comprometida, além de ter de conviver maior tempo e mais diretamente com o agressor. Muitas delas também não sabem que atitude tomar quando decidem romper o ciclo de violência, que geralmente abrange aumento da tensão entre vítima e agressor, a consumação da violência e demonstrações de arrependimento e perdão por parte do agressor.

A violência, conforme elucida o Instituto Maria da Penha, não necessariamente é física, podendo ser também de natureza psicológica, moral, patrimonial e sexual.

Para denunciar, ligue para o Disque 100 ou procure um Centro de Referência Especializado (disque 180 para verificar qual o melhor local).



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