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SEMINÁRIO SOBRE VIOLÊNCIAS CONTRA A MULHER LOTA AUDITÓRIO DA SUBSEDE DO CRP-RJ NA BAIXADA


Data de Publicação: 17 de março de 2020


IMG-20200314-WA0034O CRP-RJ, por meio da Comissão Gestora da Subsede Baixada, realizou o “VI Seminário sobre Violências Contra a Mulher e Políticas Públicas: Sororidade e Empoderamento”, no dia 7 de março, no auditório da Subsede, em Nova Iguaçu.

O evento teve por objetivo compartilhar propostas para o enfrentamento às violências contra a mulher, bem como fomentar o debate sobre sororidade feminina e empoderamento.

A estudante de Psicologia colaboradora do CRP-RJ, Ana Clara Pereira, deu as boas-vindas ao público presente e chamou a mesa de abertura, que teve a participação da conselheira do CRP-RJ e coordenadora da Subsede Baixada, Gabriela Braz (CRP 05/56462) e da psicóloga e colaboradora do Conselho, Jaqueline Santos (CRP 05/41408), integrante do Coletivo de Psicólogos Negros Conceição Chagas.

Gabriela Braz falou sobre o histórico dos seminários na Subsede Baixada e sua importância em afirmar a bandeira dos direitos humanos. Destacou, ainda, que o debate teve o intuito de criar um entendimento que não se faz luta de forma solitária.

Jaqueline Santos falou sobre a Comissão Gestora e sobre o Coletivo de Psicólogos Negros Conceição Chagas.

A mesa de debates foi composta pelas psicólogas Danila Moreth (mediadora), Conceição Gama (CRP 05/39882) e Niedja Barbalho (CRP 05/28427).

Niedja apresentou dados compilados pelo Data Folha e o FBSP – Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e ainda do Dossiê Mulher do ISP (2018). “Ainda precisamos falar, e muito, sobre a violência, somente assim poderemos levar o conhecimento, ainda tão deficiente, do que é  violência, de como ela acontece, e principalmente de onde e como a mulher que é  vítima pode buscar e encontrar apoio”, pontuou a psicóloga. IMG-20200314-WA0038

Falando sobre o feminicídio, “por trás de cada uma das mulheres vítimas de feminicídio está uma família partida e marcada pela dor da ausência e pela brutalidade dos crimes, geralmente cometidos por maridos ou ex-companheiros”, explicou Niedja, que também abordou suas experiências no combate à violência nos atendimentos do CIAM Baixada, onde atuaou.

“A importância do empoderamento feminino, através do seu conhecimento e dos seus benefícios, é podermos todas e todos juntos alcançarmos o grande objetivo que é a erradicação de todas as formas de violência contra as mulheres, bem como as desigualdades e as discriminações com relação ao gênero”, finalizou a psicóloga.

Niedja lembrou também que anualmente ocorrem as Conferências da Mulher em nível municipal, estadual e nacional.

A mediadora do debate, Danila, pontuou sobre o dispositivo onde atua, o CEPOMP (Coordenadoria Especial de Política para Mulheres de Paracambi) e sobre o CEAM (Centro Especializado em Atendimento à Mulher Vítima de Violência).

Em seguida, Conceição Gama deu início à sua apresentação com um vídeo e a fala sobre a rivalidade feminina. Trouxe a busca coletiva de equidade nas relações sociais e pontuou as dificuldades da tripla jornada de trabalho da mulher: trabalho, atividades domésticas e criação dos filhos e o quanto este fato pode causar sobrecarga e sofrimento psíquico. Refletiu sobre a objetificação dos corpos femininos, sobre o abandono de mulheres idosas e a questão da violência patrimonial que as atinge.

“A importância das mulheres estarem organizadas, pleitearem políticas públicas que as contemplem, participarem dos Conselhos Municipais, buscarem entender e participar da política são parte das conquistas feministas ao longo dos anos”, ressaltou.

A psicóloga também apresentou a Referência Técnica para Atuação de Psicólogas (os) em Programas de Atenção à Mulher em situação de Violência produzida pelo CREPOP, levantando a necessidade de reflexão também sobre as masculinidades.

Por fim, Conceição falou sobre violência obstétrica, pontuando a importância do tema ser abordado pela Psicologia tanto na atuação profissional quanto no acompanhamento da execução da Rede Cegonha.

Após o debate foi apresentado ao público uma performance sobre violência doméstica. Os autores Lisiane Bezerra de Sousa e Marcos Paulo Portugal trouxeram um extrato do cotidiano de muitas mulheres.

Encerrando o evento, a apresentação musical de Jéssica Volpi trouxe reflexões sobre a mulher, relacionamentos abusivos e autoconhecimento.



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