Nessa data, o CRP-RJ reafirma a laicidade como diretriz ética da Psicologia brasileira.
No Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado em 21 de janeiro, o CRP-RJ reitera que a laicidade constitui uma das diretrizes éticas fundamentais da atuação profissional da (o) psicóloga (o), independentemente do espaço social onde atue.
Importante ressaltar que defender a laicidade – um princípio presente na Constituição de 1988 – não significa se opor às religiões, sejam elas quais forem. Pelo contrário, defender a laicidade representa lutar pela garantia da liberdade de crença ou não crença do indivíduo.
A luta do Sistema Conselhos de Psicologia vem sendo incessante nesse sentido, promovendo ações e debates em todo o país junto às (aos) psicólogas (os) de modo a garantir uma prática profissional ética que acolha as diferenças e promova a potência das singularidades, independentemente de suas crenças/não-crenças.
Desde o 8º Congresso Nacional da Psicologia (CNP), em 2013, psicólogas (os) de todo o país vêm manifestando a necessidade da criação de espaços para discutir religião, espiritualidade e saberes tradicionais de forma crítica aos fundamentalismos que surgem em determinados segmentos religiosos e permeiam importantes debates políticos e culturais em nosso país.
E, para fomentar uma agenda permanente de debates sobre o tema em nosso estado, o CRP-RJ possui um Eixo Temático de Psicologia e Laicidade vinculado à sua Comissão Regional de Direitos Humanos.
Sobre a data
Em 1949, Bahá’lláh, um árabe nascido no Irã, por meio da Assembleia Espiritual Nacional, criaria o Dia Mundial da Religião, no intuito de promover a união de todas as confissões religiosas existentes. Com isso, 21 de janeiro passou a ser um dia comemorativo, bem como uma marca de resistência e clamor por um mundo mais tolerante com a diversidade de credos.
E em 27 de dezembro de 2007, no Brasil, por Lei Federal 11.635/07, seria instituído o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, muito devido a casos de perseguição e preconceito religioso vigentes em determinados setores da sociedade, que se caracterizavam como manifestações de total intolerância para com a infinidade e diversidade de credos presentes na cultura brasileira.