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29ª Rodas e Encontros homenageia o Dia Internacional do (a) Idoso (a) em debate na Baixada


Data de Publicação: 7 de novembro de 2018


O Dia Internacional do (a) Idoso (a) – comemorado no dia 1º de outubro –, inspirou o tema “Desafio aos profissionais da Psicologia: o envelhecimento da sociedade contemporânea e suas demandas”, que gerou debate promovido pela Comissão Gestora da Subsede do CRP-RJ na Baixada Fluminense para marcar a importância da data e cumprir uma das determinações aprovadas no 9º Congresso Regional de Psicologia do Rio de Janeiro, de 2016.

O evento que ocorreu no dia 30 de outubro, no auditório da Subsede em Nova Iguaçu, contou com a participação de Marcelo Jacinto de Abreu (CRP 05/55934), psicólogo clínico, pós-graduando em TCC e em Psicologia Hospitalar e Saúde, membro do grupo de pesquisa sobre Psicologia, Gênero e Autocuidado (UFRRJ) e do grupo de pesquisa sobre Psicologia e Espiritualidade (UFRRJ), que comentou os dados obtidos a partir da pesquisa sobre “Autocuidado da pessoa idosa”.

IMG_5226Segundo ele, o idoso do sexo masculino, em geral, tem mais resistência em frequentar consultas médicas preventivas entre outros motivos, por uma questão cultural. “O gênero masculino tem uma característica própria. A resistência a procurar um médico não é só na adolescência ou na idade adulta. Se a pessoa tem a sua vida toda pautada nesse comportamento, quando envelhece, essa resistência não muda. Então, quem não tinha o habito de procurar um médico, ‘para quê? Não estou doente, não sinto nada!’, quando chega à fase do envelhecimento, também vai resistir a isso”, afirmou.

Ainda sobre essa resistência dos idosos do sexo masculino a buscar assistência médica, Marcelo pontuou o “medo de descobertas de ter uma doença grave”. Segundo ele, muitos idosos do sexo masculino acreditam que ir ao médico é “procurar por uma doença”, pois não encaram a assistência médica como algo de caráter preventivo. Marcelo ainda, enfatizou que os psicólogos precisam conhecer e respeitar as singularidades das pessoas idosas a fim de melhor atendê-las e realizar uma intervenção psicológica mais eficaz.

A conselheira-coordenadora da Subsede do CRP-RJ na Baixada, Mônica Valéria Affonso Sampaio (CRP 05/44523), relatou sua experiência como psicóloga do Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, reforçando a ausência do homem nos serviços de saúde e assistência. “Eu trabalhei no CRAS em Nilópolis e tínhamos em torno de 30 idosos, sendo apenas um homem. E agora que estou trabalhando no CRAS de Mesquita, temos em torno de 40 idosas e nenhum homem”, contou.

A mesa teve também a participação de Josefa de Barros Reis (CRP 05/49474), psicóloga clínica, conselheira titular no Conselho dos Direitos da Pessoa Idosa de Nova Iguaçu, conselheira suplente do Conselho de Saúde de Nova Iguaçu, ambos pela cadeira do CRP-RJ, colaboradora do Fórum do Idoso de Nova Iguaçu, que abordou os desafios do envelhecimento em nossa sociedade.

Josefa também abordou o “conceito de autonomia” para o (a) idoso (a), criticando o fato de que, em muitas famílias, os (as) idosos (as) são tratados como inválidos, deixando de ter autonomia para suas decisões. “O familiar que cuida do idoso não pode chegar e dizer, ‘eu sei o que é melhor para você’. Muitos fazem isso achando que estão cuidando e impõe um cuidado sem respeitar a vontade do idoso. Muitos profissionais também acham que podem dizer o que é melhor para aquela pessoa, sem respeitar a sua subjetividade. O desafio do profissional é justamente esse, respeitar a subjetividade da pessoa idosa, pois ela pode estar doente ou acamada, mas ainda é um ser humano pensante, digno de respeito e diretos”, defendeu.



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