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Elaboração de documentos por psicólogas (os) é assunto de debate em São João de Meriti


Data de Publicação: 4 de setembro de 2018


Encerrando a agenda de comemorações do Dia da (o) Psicóloga (o) promovida na Baixada Fluminense, o CRP-RJ promoveu, a partir de uma iniciativa da Secretaria Municipal de Assistência Social de São João de Meriti, no dia 22 de agosto, o “Tecendo Redes/CRP-RJ Presente: Elaboração de Documentos”. O debate, ocorrido no Centro Cultural Meritinense, em São João de Meriti, teve como objetivo sanar dúvidas e debater a produção de documentos escritos por psicólogas (os).

IMG_4730A mesa foi composta pela conselheira-presidente da Comissão Gestora do CRP-RJ na Baixada, Mônica Valéria Affonso Sampaio (CRP 05/44523), que abriu o evento destacando que “é necessário que nós, psicólogos, nos qualifiquemos cada vez mais na elaboração de documentos”. Segundo a conselheira, que também faz parte da Comissão de Orientação e Ética CRP-RJ, tal necessidade se dá pelo fato de a maioria dos processos éticos contra psicólogas (os) “ser em função da má elaboração de documentos”.

A mesa seguiu com a psicóloga fiscal da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF) do CRP-RJ, Tatiana Targino Alves Bandeira (CRP 05/34135), que lembrou da importância da atuação da COF em relação à orientação especializada sobre a elaboração de documentos. A fiscal da COF lembrou a Resolução nº 007/2003, do Conselho Federal de Psicologia, que institui o manual de elaboração de documentos escritos por psicólogas (os).

IMG_4760“Essa é uma resolução específica que fala sobre a obrigatoriedade de o psicólogo registrar os atendimentos e todo o serviço psicológico realizado. Esse registro documental precisa acontecer mesmo pelo psicólogo que trabalha em equipe multidisciplinar / multiprofissional”, afirmou.

“O profissional tem que ter muito cuidado na escrita de documentos, tendo clareza sobre o que está escrevendo, mantendo os cuidados éticos e técnicos necessários e relatando os instrumentos psicológicos usados”, destacou a fiscal da COF.

Encerrando a mesa, a psicóloga e colaboradora da Comissão de Psicologia e Assistência Social do CRP-RJ Paula Smith (CRP 05/34667) abordou o contexto da produção de documentos no SUAS. Segundo ela, no campo da Assistência há uma “demanda de emergência na resposta”, a partir da qual a (o) psicóloga (o) é pressionado a produzir documentos muitas vezes sem ter tido tempo hábil de desenvolver um trabalho mais ampliado com os usuários dessa política. “Um documento não é algo que brota; um documento é algo que exterioriza, que sistematiza, que coloca o resultado trabalho desenvolvido pelo profissional”, completou.

IMG_4750A colaboradora do CRP-RJ também apontou outro fator que, muitas vezes, dificulta uma produção mais qualificada de documentos pela (o) psicóloga (o): a defasagem na formação em Psicologia, ainda hoje muito centrada na formação clínica. “Nós temos um profissional que é formado num modelo autônomo, calcado no modelo médico, para uma atuação no consultório particular, identificado com a clínica e pouco identificado como um trabalhador assalariado”, destacou.



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