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Debate sobre juventude, racismo e encarceramento reúne 100 participantes em Petrópolis


Data de Publicação: 14 de agosto de 2018


O CRP-RJ, através da sua Subsede na Região Serrana e seus apoiadores, realizou, no dia 20 de julho, em Petrópolis, a mesa redonda: “Vivências à Brasileira: Juventude, Racismo e Encarceramento”, reunindo aproximadamente 100 pessoas, entre profissionais e estudantes de Psicologia, Direito e militantes do movimento negro do município e demais localidades.

A proposta do evento surgiu em apoio ao Dia Municipal da Luta contra o Encarceramento da Juventude Negra, instituído na cidade do Rio de Janeiro no dia 20 de junho a partir do lamentável episódio de racismo ocorrido durante a realização dos jogos jurídicos em Petrópolis no início daquele mês.

Por isso, o local escolhido para a realização doevento foi o Palácio de Cristal, no Centro de Petrópolis, que, além de ser um dos principais pontos turísticos da cidade, carrega em si a luta pela liberdade, uma vez que este foi habitado por negros fugidos, antes da fundação da Colônia.

evento racismo petropolisA mesa de debates foi composta por Raul Salustiano, estudante do 10º período do curso de Direito da Universidade Católica de Petrópolis e estagiário no setor criminal da Justiça Federal, Sheila Guimarães, advogada e presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ em Petrópolis, Luis Eduardo Soares (CRP 05/53586), psicólogo, colaborador da Comissão Gestora do CRP-RJ na Região Serrana e representante do CRP na vice-presidência do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (CMPD), e Juraci Brito (CRP 05/28409), psicólogo do DEGASE e da Saúde Mental do município de Mangaratiba, mestre em Psicologia Social pela UFRRJ e conselheiro do CRP-RJ. a mediação ficou por conta de Francyne Andrade, na época, formanda em Psicologia pela Universidade Católica de Petrópolis e colaboradora do CRP-RJ na Comissão Gestora da Região Serrana.

Entre os temas apresentados e discutidos, estiveram: a vivência da juventude negra; as práticas de racismo e seu viés ideológico pautado nos ideais da eugenia e do higienismo; as políticas de enfrentamento à desigualdade e ao encarceramento no Brasil, sob a ótica dos Direitos Humanos; além do sistema sócioeducativo e as subjetividades que permeiam a imagem do “adolescente infrator”, assim como do que se compreende como “bandidos” em nossa sociedade.



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