O dia 18 de maio marca o Dia da Luta Antimanicomial, uma data para afirmarmos a Reforma Psiquiátrica brasileira como diretriz para o cuidado em Saúde Mental e resistir contra as ameaças e os retrocessos na área. Por isso, na tarde do último dia 18 de maio, um grande ato público tomou as ruas do Centro do Rio, reunindo profissionais, estudantes, usuários e militantes.
O ato se concentrou no Largo da Carioca e, em seguida, foi feito um cortejo pela Avenida rio Branco até a Cinelândia. Durante a manifestação, houve diversas apresentações culturais, musicais e artísticas de militantes e usuários, mostrando a importância do fortalecimento da luta contra ao manicômios e da manutenção dos princípios da Reforma Psiquiátrica. Após chegarem à escadaria da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, mais apresentações aconteceram, com destaque para os blocos ‘Comuna que pariu’ e ‘Tá Pirando Pirado Pirou’.

Diva Conde e Simone Garcia, conselheiras do CRP-RJ, presentes no ato pela Luta Antimanicomial
O Ato foi marcado, principalmente, pelas manifestações de liberdade dos usuários que passaram pela dor de um manicômio, “Me perdoem os gritos, mas hoje estou aqui para gritar a liberdade e fazer um pedido: Eu não quero mais levar choque”, disse de forma emocionada um usuário presente.
O CRP-RJ se fez presente com a sua conselheira-presidente, Diva Lúcia Gautério Conde (CRP 05/1448), a vice-presidente, Roseli Goffman (CRP2499), a conselheira Simone Garcia (CRP 05/40084) e a conselheira-coordenadora da Comissão de Saúde do CRP-RJ, Rita Louzada (CRP-05/11838).
“O CRP-RJ apoia a Luta Antimanicomial. O sofrimento psíquico deve ser tratado e o caminho conduzido deve ser o da inclusão de todos os seres humanos no convívio social”, afirmou a conselheira-presidente do CRP-RJ ao microfone, fazendo, em seguida, menção à memória do psicólogo Marcus Vinícius, assassinado em fevereiro de 2016 na Bahia em circunstancias ainda hoje não esclarecidas.
“Quero lembrar, nesse momento, o nome do psicólogo Marcus Vinicius de Oliveira Silva, que conduziu a Luta Antimanicomial nos país nos anos 90 e no início dos anos 2000”, afirmou Diva Conde.