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Psicologia do Esporte é tema do último debate do Seminário “ISOP”


Data de Publicação: 25 de agosto de 2017


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Apresentação musical do grupo POÃ

O Seminário “ISOP – Pioneiro da Psicologia” seguiu pela tarde do dia 23 de agosto, na FGV, no Centro do Rio, com um momento lúdico que descontraiu o público presente: a apresentação do Grupo Musical POÃ, que, tocando clássicos de Tom Jobim e da Música Popular Brasileira,  homenageou a Psicologia e a memória de Emilio Mira y Lopez.

Após a apresentação musical, teve início a mesa redonda “As contribuições do ISOP para a Psicologia do Esporte”, com a presença da psicóloga da Marinha Adriana Amaral do Espírito Santo (CRP 05/31762) e do psicólogo Rodrigo Acioli Moura (CRP 05/33761), conselheiro do CRP-RJ e presidente da Associação Brasileira de Psicologia do Esporte. A mediação ficou a cargo de Cecília Guimarães Mira y Lopes (CRP 05/42030), psicóloga, neta de Emilio Mira y Lopes.

Adriana Amaral apresentou os resultados da sua pesquisa de doutorado sobre Psicologia do Esporte e afirmou ter se impressionado com a participação do ISOP no desenvolvimento dessa área da Psicologia. “Através de documentos podemos verificar a participação do ISOP no desenvolvimento da Psicologia do Esporte, que, até então, está muito concentrada em termos históricos na figura do João Carvalhães, em São Paulo. Porém, nós tivemos acesso, através dessa documentação da FGV, a informações que mostram o ISOP participando dessa prática da Psicologia do Esporte até um pouco antes do próprio Carvalhaes começar a trabalhar nesta área”, afirmou.

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Rodrigo Acioli, Cecília Mira y Lopez e Adriana Amaral (da esq. para dir.)

A pesquisadora também pôde verificar, em seu estudo, as relações entre a prática da Psicologia do Esporte e com a Psicologia do Trabalho. “Uma das coisas que também achei bastante importante nesse trabalho foi relacionar a Psicologia do Esporte com a Psicologia do Trabalho, ou seja, entender o atleta hoje como um trabalhador. Inclusive na minha prática, na Marinha, nós temos trabalhado junto aos atletas essa ideia, afinal ele não está ali a lazer. Ele é um atleta e um trabalhador. Eles são empregados de uma instituição”, explicou.

“A revista do ISOP, que tinha uma boa circulação, teve várias publicações acerca da Psicologia do Esporte, o que contribuiu bastante para o desenvolvimento desta área. Três artigos específicos da década de 70 foram bastante importantes: ‘Aspectos psicopedagógicos do futebol’, ‘Reflexologia e esportes aquáticos’ e ‘Perfil psicológico do atleta’. Tudo isso contribuiu muito para se pensar na Psicologia do Esporte como ciência”, ressaltou Adriana.

Rodrigo Acioli, por sua vez, traçou um panorama mais atual da Psicologia do Esporte no contexto dos últimos grandes eventos esportivos que o Brasil sediou. “A Psicologia do Esporte é uma área que, com a realização recente de eventos como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo, teve uma grande expectativa de crescimento. De fato, houve, por conta disso, uma procura muito grande, mas houve uma frustração também. Nós percebemos que, apesar de nas últimas Olimpíadas no Brasil termos 33 psicólogos trabalhando, contra cerca de oito psicólogos em Londres, por exemplo, nesses 55 anos de profissão regulamentada ainda há muito o que crescer nessa área”, disse.

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Placa em homenagem à memória de Emilio Mira y Lopez afixada na parede da FGV

O conselheiro do CRP-RJ trouxe um pouco da sua experiência pessoal para demonstrar a importância desta área da Psicologia. “Comecei minha vida nessa área pelo próprio esporte, como atleta de natação, e nessa época não tive contato com a Psicologia do Esporte. E depois de já fazer parte da Psicologia do Esporte como psicólogo, eu só tive acesso ao que foi o ISOP e à sua importância para nossa área como conselheiro do CRP-RJ. Essa ‘ignorância’ vem de uma formação que ainda não privilegia essa área da Psicologia. Temos no máximo disciplinas eletivas de Psicologia do Esporte, oferecidas em alguns cursos de Psicologia”, pontuou.

Encerramento

O encerramento do evento aconteceu com a exibição de uma versão reduzida do vídeo “PMK”, produzido por Carlos de Vasconcellos em 1962 para a FGV, no qual são exibidas cenas com instruções de como aplicar esse importante teste de personalidade criado por Emilio Mira y Lopez na década de 1940 e ainda hoje utilizado.



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