A 11ª Mostra Regional de Práticas em Psicologia começou no dia 19 de julho, na Universidade Veiga de Almeida, na Tijuca, e trouxe para sua Mesa de Abertura representantes do Conselho Regional de Psicologia do Rio (CRP-RJ), do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e do Sindicato dos Psicólogos do estado do Rio de Janeiro (SINDIPSI). Diva Lúcia Conde (CRP 05/1448), conselheira-presidente do CRP-RJ, Pedro Paulo Bicalho (CRP 05/26077), membro da diretoria do CFP, e Marinaldo Santos (CRP 05/5057), presidente do SINDIPSI, foram os palestrantes que deram as boas-vindas ao público do evento.
As (os) psicólogas (os) e estudantes que lotaram o auditório da UVA primeiramente ouviram a conselheira responsável pela organização da Mostra, Marilia Alvares Lessa (CRP 05/1773), que exaltou a diversidade de discussões e conhecimentos que o evento proporcionou ao longo de suas 11 edições.
“Ao longo de todas essas edições, desde 2007 que reforçamos esse compromisso com os psicólogos e estudantes de abrir este espaço de discussão, de conhecimento e de construção de redes. A partir do que vivenciamos e compartilhamos aqui ampliamos e reforçamos as nossas práticas, pois vemos a diversidade e qualidade dos trabalhos apresentados e debatidos aqui”, disse a psicóloga.
Em seguida, Diva Conde refletiu sobre o que representa chegar a 11 edições de um evento tão importante para a Psicologia. “Estamos aqui mostrando o valor do nosso trabalho. Esse é um movimento e um compromisso de valorização da Psicologia. É uma conquista muito grande ter esse espaço para apresentar os trabalhos que são resultados de pesquisas e de vivências profissionais, e é um compromisso deste Conselho promover e garantir esse espaço de troca e de construção de conhecimento crítico”, pontuou a presidente do CRP-RJ.
Pedro Paulo – que também foi conselheiro do CRP-RJ entre 2004 e 2010 – destacou sua satisfação em fazer parte da história do CRP-RJ. “É um orgulho imenso chegar à 11ª Mostra. Pensem que para um evento chegar a se repetir por 11 vezes e não cansar seu público, e continuar lotado, é porque ele não se esgota e continua trazendo novos assuntos e novas formas de falar sobre a nossa profissão. Nós, que somos quase 300 mil psicólogos no Brasil, temos que reforçar esses espaços de construção de conhecimento, pois são eles que nos ajudam a pensar sobre nossa categoria e de que maneira podemos construir novas formas de atuação, sempre em adaptação às novas realidades em que somos colocados”.
Marinaldo Santos, por sua vez, convocou todos os profissionais e estudantes a se engajar mais, não somente pelas lutas da Psicologia, mas de toda sociedade. “Vivemos um momento político muito obscuro, no qual diversos direitos já conquistados estão sendo ameaçados. Há um movimento de desmonte geral, de precarização do trabalho, de retrocesso das nossas conquistas na Reforma Psiquiátrica. O psicólogo precisa mostrar sua força e estar presente em todos os lugares e movimentos sociais onde a luta pela manutenção da democracia esteja acontecendo.
“Estamos numa luta especificamente contra a precarização do trabalho dos psicólogos no município do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense, pois muitos de nós estão sendo contratados como funcionários administrativos terceirizados e desempenhando as funções de psicólogo. As questões de piso salarial, remuneração, todos os direitos profissionais são questões que estamos atuando diretamente, até porque, a partir da realidade do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) que tanto nos emprega, estamos tendo uma noção maior de que somos trabalhadores e não somente aquela visão de profissional liberal. Ao Sindicato interessa que todos os profissionais da Psicologia tenham seus direitos assegurados”, acrescentou Marinaldo.
Para assistir ao vídeo dessa palestra na íntegra, acesse: https://youtu.be/w8YUYUbJnks