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Pré-Congresso lota auditório da Subsede do CRP-RJ em Nova Iguaçu


Data de Publicação: 4 de abril de 2016


A Subsede do CRP-RJ em Nova Iguaçu teve seu auditório lotado de psicólogas (os) e estudantes no 3º Pré-Congresso Regional de Psicologia da Baixada na noite do dia 30 de março.

O “II Seminário: A Psicologia e suas práticas na Saúde Mental, Assistência Social e Trânsito” antecedeu o Pré-Congresso e teve a presença de Edimilson Lima (CRP 05/17918), psicólogo e coordenador do curso de Psicologia da UNIABEU, e de Viviane Siqueira Martins (CRP 05/32170), conselheira do CRP-RJ e integrante da Comissão de Psicologia e Assistência Social do CRP-RJ. A mediação do debate ficou por conta de Ludmila Furtado da Silva (CRP 05/35093), psicóloga gestora da Casa do Menor São Miguel Arcanjo e representante do CRP-RJ no Conselho Municipal de Assistência Social de Nova Iguaçu.

Iniciando o evento, a conselheira-presidente da Comissão Gestora da Baixada Fluminense, Vanda Vasconcelos Moreira (CRP 05/6065), apresentou as (os) psicólogas (os) e estudantes que compõem a Comissão Gestora da Baixada. Em seguida, passou a palavra para a conselheira-coordenadora da Comissão Intergestora de Regionalização e Descentralização do CRP-RJ (CIRD), Agnes Cristina da Silva Pala (CRP 05/32409). baixada

Agnes ressaltou o caráter agregador e mobilizador que as subsedes do CRP-RJ representam para a categoria do estado do Rio. “Temos sempre uma preocupação de cultivar esses espaços das subsedes e, mesmo nas regiões que não têm subsede, buscamos articular, junto à categoria local, a criação de espaços de discussão das nossas práticas em que os profissionais se sintam representados e mobilizados”.

Dando início à mesa temática, Edimilson Lima levou uma reflexão sobre a ética na atuação da (o) psicóloga (o) na Saúde Mental. “Uma reflexão sobre a ética do cuidado é importante por conta do atual momento crítico que os serviços de Saúde Mental vêm atravessando. Trata-se de um momento de ‘ameaça de retrocesso’ de muitas conquistas realizadas ao longo da história da reforma Psiquiátrica brasileira”, afirmou.

Ainda segundo ele, “temos que ter sempre em mente como construímos nossa ética no cotidiano da nossa prática clínica, a partir do referencial da Lei nº 10.216. Como coloca Guareschi, ‘é urgente que se faça uma reflexão sobre a dimensão ética subjacente a todo paradigma com que trabalhamos e dentro do qual nos movimentamos na compreensão do universo a nossa volta e do homem’. Ou seja, além da postura ética, é fundamental que se tenha um referencial ético do paradigma do trabalho que se realiza. É necessário que essa postura ética esteja sempre respaldada por um posicionamento teórico que se traduza na prática, mas não se perca nela”.

Viviane Martins, por sua vez, abordou a prática da (o) psicóloga (o) dentro do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). “Desde a Constituição de 1988, há a garantia do cidadão ter direito à Assistência Social, porém nem sempre isso se traduziu numa realidade”.

A conselheira do CRP-RJ também falou a respeito da atuação da (o) profissional de Psicologia no SUAS. “A própria situação do psicólogo dentro do SUAS é complexa. O psicólogo está há bastante tempo atuando nas políticas públicas, mas somente há pouco tempo que começamos a nos reconhecermos nesse lugar. E somente agora também que vemos a formação em Psicologia caminhando para alcançar essa demanda”.

“O psicólogo tem que saber realizar sua prática em lugares não convencionais, tem que entender realidade dos serviços e dos equipamentos nos quais trabalha. Além disso, temos que aprender a trabalhar com os atravessamentos que acontecem na nossa atuação e também nos sujeitos. Várias situações atravessam nosso atendimento nessa política e muitos gestores têm dificuldade de entender isso. Como fazer, portanto, um plano de Assistência Social para os próximos dez anos e não pensar no trabalhador do SUAS?”, concluiu.

baixada 2No momento da fala aberta ao público, o psicólogo Marinaldo Silva Santos (CRP 05/5057), presidente do Sindicato dos Psicólogos do Rio de Janeiro, pontuou que “enquanto não for revogada a nomeação de Valencius da coordenação nacional de Saúde Mental, os psicólogos e todo o nosso movimento não desocupará Brasília. E temos que pensar como fica a Saúde Mental, enquanto ele não sai. Não podemos admitir retrocessos”.

Votação de propostas e eleição de delegadas (os)

Após o debate, teve início o Pré-Congresso Regional de Psicologia com a eleição da mesa diretora para conduzir os trabalhos durante o evento.

O momento seguinte foi da eleição de delegados para o COREP. Ao todo, foram eleitos nove delegados efetivos e mais outro suplente, além de um delegado estudante efetivo e outro suplente.

Em seguida, teve início o momento do debate e da votação de propostas. Das nove propostas apreciadas, oito foram aprovadas na íntegra por unanimidade. Todas as propostas aprovadas serão levadas para o COREP, que ocorrerá nos dias 29 e 30 de abril e 1º de maio no Rio de Janeiro.

Abril de 2016



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