O Conselho Regional de Psicologia (RJ), em conjunto com a Rede de Cuidados da Região Serrana e diversos órgãos governamentais, vem promovendo ações nas regiões fortemente atingidas pelas chuvas. O trabalho de fortalecimento da rede local é de fundamental importância para as ações a curto e médio prazo, mas entendemos também ser necessária a articulação com o poder público de modo a garantir a manutenção e continuidade de políticas públicas na região, e a necessidade de suprir recursos materiais e humanos.
As ditas “emergências e desastres” podem ser vistas como “descasos e desastres” pela obviedade que algumas situações se apresentam, em especial as políticas habitacionais dirigidas às populações empobrecidas.
Ressaltamos, ainda, que algumas situações de emergência poderiam ser evitadas caso o poder público estivesse atuando nas políticas de prevenção aos danos causados por desastres naturais, como também em projetos que podem vir a minimizar os efeitos desastrosos decorrentes das chuvas.
A mobilização da sociedade civil se faz necessária e importante nesse momento. Temos acompanhado a sensibilização de psicólogos não só do estado do Rio de Janeiro, mas de diversas áreas do Brasil se voluntariando para suprir as diversas demandas emergentes. O CRP RJ considera relevante propiciar espaços de reflexão acerca das práticas profissionais dos psicólogos desenvolvidas nesses contextos e está apoiando as iniciativas governamentais e da sociedade civil organizada de atenção à saúde e à assistência, reforçando sempre o papel fundamental das políticas públicas.
Assim, visando fortalecer a ação do poder público e a continuidade das ações nessas regiões, o CRP RJ considera necessária uma seleção pública para contrato temporário visando suprir as demandas de curto, médio e longo prazo, surgidas a partir dessas questões emergenciais.
A partir do mapeamento das necessidades locais de profissionais, pretendemos solicitar o direcionamento de psicólogos contratados pelo poder público para implementar e dar prosseguimento às ações necessárias.
Em articulação com ações integradas com outros órgãos fiscalizadores da profissão, como CRESS, CREFITO, COREN, dentre outros, e organizações da sociedade civil, pretendemos colaborar para o compromisso social e ético da profissão e para a defesa incontestável dos direitos humanos.