No dia 08 de março, a subsede da Região Serrana do Conselho Regional de Psicologia realizou a segunda parte da oficina da Rede de Cuidados/Psicologia das Emergências e dos Desastres, na Universidade Católica de Petrópolis.
A conselheira Samira Younes Ibrahim omeçou o encontro resgatando os pontos mais significativos da primeira parte da oficina e destacando a necessidade de referências para os psicólogos que atuam nessa área.
A conselheira Samira Younes Ibrahim (CRP 05/7923) começou o encontro resgatando os pontos mais significativos da primeira parte da oficina realizada em dezembro 2009 e as reflexões de cada um a partir desse encontro. Ela destacou ainda a necessidade da criação de referências para os psicólogos que atuam nessa área.
Uma psicóloga presente afirmou que, depois das oficinas, passou a perceber os desastres com um olhar mais técnico. Segundo ela, enquanto aguardavam o retorno para o Rio de Janeiro após o terremoto no Chile, ocorrido no dia 27 de fevereiro, turistas não receberam uma boa estrutura de alimentação e estadia. Ela trouxe como reflexão a questão de como será o trabalho do psicólogo em situações onde falta o essencial.
O colaborador da Comissão Gestora da subsede Luiz Henrique de Sá (CRP 05/3571) lembrou que temos vários órgãos internacionais, como a Cruz Vermelha, que realizam um trabalho importante, mas que precisamos um projeto que foque a saúde mental. Sugeriu a criação de um “psi vermelho”.
Ressaltou-se também a necessidade da capacitação dos psicólogos para atuação em situações de emergência e desastres, além de um planejamento prévio sobre os espaços a serem ocupados na interface com outras profissões e a carga horária máxima. O conselheiro Lindomar Expedito Silva Darós (CRP 05/20112) comentou que “em uma situação de desastre, todos os profissionais ficam sobrecarregados. Cabe ao psicólogo avaliar suas limitações”.
Ao final da oficina os participantes criaram uma minuta contendo referências para atuação do psicólogo em emergências e desastres.
Outro ponto abordado foi o papel da Psicologia na Percepção de Risco, que aborda a vulnerabilidade e ameaça à comunidade, além da capacidade de resiliência do ser humano. Segundo a conselheira Samira, o psicólogo deve possuir em sua formação e desenvolvimento pessoal o conhecimento fundamental para auxiliar a trabalhar a subjetividade que envolve o tema Percepção de Risco. Ela lembrou também a amplitude que o tema Emergências e Desastres contempla, indo desde os fenômenos naturais até os provocados pelo homem (enchentes, terremotos, epidemias -H1N1, dengue etc).
Ao final da oficina, os participantes se dividiram em dois grupos para a discussão e criação de uma minuta contendo referências para atuação do psicólogo em emergências e desastres.