O Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) promove seu quarto e último ciclo de 2008, com o tema “Serviços de Atenção Básica em Saúde”. Como ocorre em todos os ciclos, a pesquisa é divida em duas fases: um questionário online para ser respondido por psicólogos que atuam na área e uma reunião presencial, realizada em cada Conselho Regional de Psicologia.
A reunião do CREPOP do CRP-RJ foi realizada no dia 17 de setembro, na sede do Conselho. Estiveram presentes psicólogos, estudantes outros profissionais que atuam em serviços de Atenção Básica.
Na primeira parte do encontro, o conselheiro Lindomar Expedito Darós, coordenador do CREPOP-RJ, propôs uma atividade de apresentação. Os presentes foram reunidos em duplas para se conhecerem e, em seguida, cada um apresentou o companheiro se colocando em primeira pessoa. A etapa foi concluída com uma exposição geral dos interesses de cada um dentro da Atenção Básica.
“Meu interesse de estar aqui é repensar as práticas que temos feito no ambulatório”, afirmou um psicólogo. “Estamos deixando um pouco o ambulatório tradicional e começando a ver a Atenção Básica de novas formas”, acrescentou outra participante.
Na segunda fase da reunião, os presentes foram divididos em grupos para discutirem suas experiências. Eles escolheram um caso vivido por um dos integrantes para ser recriado em um sociodrama. O objetivo era usar a situação para pensar as práticas do psicólogo e propor outros desfechos para a história.
Depois de um breve intervalo para almoço, os participantes voltaram a se reunir para debater as questões levantadas na parte da manhã. Um questionamento muito presente na fala dos participantes era: “qual a prática do psicólogo no ambulatório?”, ao que um psicólogo lembrou: “O ambulatório é muito plástico, e as possibilidades de atuação do profissional em Psicologia nesse espaço, múltiplas”.
Em seguida, o conselheiro do CRP-RJ interveio, alertando que a prática da Psicologia é muito diversificada, sendo preciso “sustentar bem nossas práticas” e descobrir “qual o lugar e o papel da Psicologia na Saúde Básica”.
Ao final da conversa, a equipe do CREPOP – RJ pediu que os presentes dissessem qual foi o balanço geral do encontro. Um psicólogo afirmou que sua expectativa com relação à reunião era de “construir um referência para os profissionais, recuperando essa rachadura teórica existente em Psicologia da Saúde”, e revelou que ela, de fato, “superou suas expectativas” no sentido de ter possibilitado “a troca de experiências entre os profissionais”, o que, conforme outra psicóloga complementou, “é sempre muito produtivo”.
O coordenador da equipe do CREPOP agradeceu a presença de todos e ressaltou que a proposta da reunião, além de propiciar um encontro da categoria e pensar políticas públicas, era “fugir dos lugares-comuns, e suscitar interrogações que reflitam diretamente em nossas práticas profissionais”.