auto_awesome

Noticias






A hipnose como ferramenta regulamentada do psicólogo


Data de Publicação: 18 de agosto de 2008


Em setembro deste ano, o Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro promoverá em sua sede uma palestra com o Dr. Marlus Vinicius Costa, neurologista, eletroencefalografista e neuroradiologista que atua na área de hipnose. No mesmo mês, acontece o I Congresso Brasileiro de Hipnose Clínica e Hospitalar, que tem apoio do CRP-RJ. O objetivo dos eventos é difundir a prática da hipnose e esclarecer como ela pode ser utilizada como ferramenta pelos psicólogos das mais diversas áreas.

Como explica a psicóloga Clystine Abram Oliveira Gomes (CRP 05/15048), responsável técnica pelo Congresso, “a hipnose foi regulamentada em dezembro de 2000 como instrumento. Ela é uma ferramenta que o psicólogo pode usar em atividades clínicas, no hospital, na educação, na empresa, na psicologia organizacional. Pode ser usada em varias áreas da Psicologia além de, dentro da psicologia clínica, poder ser utilizada como uma ferramenta-instrumento em qualquer linha de psicoterapia. Isso é muito importante colocar, porque, às vezes, o próprio profissional acha que a hipnose foi regulamentada como uma terapia específica, e ela não é isso. Ela tem instrumentos que podem ser usados em várias abordagens e em várias áreas de Psicologia”.

Segundo Clystine, a hipnose facilita e agiliza o trabalho com os pacientes. “Ela é importante porque é uma facilitadora para entrar em contato com os conteúdos que estão guardados dentro da nossa mente inconsciente, dentro da nossa parte cognitiva, nos nossos pensamentos. É um acesso mais rápido a esses pensamentos, para que a gente possa também acessar os nossos recursos internos, os potenciais que cada ser humano tem dentro de si mesmo”.

A psicóloga também refutou algumas críticas sobre a hipnose. “Existe um mito sobre a hipnose, de que ela vai ficar subjugada ao hipnólogo. Porém, a pessoa só vai fazer o que ela desejar, o que ela estiver com vontade. Por exemplo: se ela quer ficar bem porque tem síndrome do pânico e está sofrendo, então, através da hipnose, ela tem o desejo de se tratar e ter uma melhora. Porém, se o hipnólogo pedir para ela assinar um cheque em branco, ela não vai, porque não tem esse desejo. Não existe o risco de a pessoa ir e não voltar – ela está aqui, não vai a lugar nenhum”.

Além disso, Clystine destaca que a hipnose profunda, que deixa o paciente inconsciente, está ultrapassada. “Houve uma grande transformação da hipnose, em meados da década de 1960, que é a passagem dessa hipnose clássica, inconsciente, que Freud usava, para a hipnose moderna, em que o paciente está em transe médio, fica consciente e é participativo. Então, ele deixou de ser aquele que apenas recebia instruções para vivenciar o processo da hipnose. O paciente é um agente de transformação na hipnose moderna”.

A psicóloga também aponta os benefícios imediatos da prática. “A hipnose traz benefícios, porque, quando a pessoa faz o transe, ela respira mais profundamente, a pressão arterial e os batimentos cardíacos diminuem, ela entra em homeostase – o próprio transe faz com que ela sinta-se bem. Isso já produz um efeito de paz, de tranqüilidade e bem-estar para o corpo dela”.

Clique aqui para ler a entrevista completa.

Palestra Conceitos Básicos de Hipnose
Dia 5 de setembro
Local: Auditório do CRP-RJ – Rua Delgado de Carvalho, 53, Tijuca
Horário: 18h30
Informações: 2139-5439

I Congresso Brasileiro de Hipnose Clínica e Hospitalar
Dias 6 e 7 de setembro
Local: Hospital Phillipe Pinel – Rua Wenceslau Brás, 65, 3º andar, Botafogo
Informações e inscrições: clique aqui ou ligue para 3902-9414

Veja também: CRP-RJ recebe palestra com a psicoterapeuta mexicana Teresa Robles

Texto: Bárbara Skaba

18 de agosto de 2008