O Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro, por meio da Comissão de Meios e Soluções Consensuais de Conflitos (COMSCC), promoveu debate em comemoração ao Dia do Mediador com o tema “Mediação e Políticas Públicas”.
O evento ocorreu no dia 15 de setembro (sexta-feira), no auditório da Sede do CRP-RJ, localizado na rua Teófilo Otoni, 93 – Centro/RJ, de 14h às 17h.
O encontro aprofundou o entendimento dos princípios da mediação e do tratamento do conflito, contando com palestrantes convidados Luisa Bertrami D’Angelo (CRP 05/54879), psicóloga, conselheira do CRP-RJ doutora em Psicologia Social (UERJ) e pós-doutoranda no programa de pós-graduação em Psicologia Social (UERJ), José Novaes (CRP 05/980), psicólogo, colaborador da Comissão de Meios e Soluções Consensuais de Conflitos (COMSCC) e professor aposentado da UFF, Pedro Aquino, advogado colaborativo, mediador do CRP-RJ, colaborador da Comissão de Meios e Soluções Consensuais de Conflitos (COMSCC), mediador, co-fundador e sócio da Câmara Aequitas de Mediação, Conciliação e Arbitragem, pós-graduado em responsabilidade Civil, pós-graduado em mediação de conflitos com ênfase em família e formação em justiça restaurativa, Juliana Gabriel Pereira (CRP 05/29063), psicóloga clínica, conselheira da Comissão de Meios e Soluções Consensuais de Conflitos (COMSCC) do CRP-RJ, sócia-diretora da Câmara de Mediação, Conciliação e Arbitragem (Aequitas), facilitadora de diálogos e de processos negociais para a construção de consenso, mestre em Mediação e Negociação de Conflitos pela APEP/IUKB (Institut Universitaire Kust Bosch, Buenos Aires, Argentina) e
Elisa Martins Silva (CRP 05/64825), psicóloga e colaboradora da Comissão Especial de Eventos e colaboradora da COF na mediação.
Abrindo a atividade, a psicóloga e coordenadora da Comissão de Eventos, Mônica Sampaio (CRP 05/44523) saudou os presentes e falou da importância da transmissão do evento ficar salva para consultas futuras de professores e alunos sobre o tema. “O tema é bastante novo para algumas psicólogas e isso o torna interessante para debatermos e buscar por mais conhecimentos sobre ele.”
A coordenadora da COMSCC Juliana Gabriel, abriu as falas da mesa onde explicou a dinâmica da atividade. “Hoje vamos escutar histórias. Como tudo começou, onde surgiu a política pública dos métodos autocompositivos, essa nova cultura não punitivista no sistema Conselhos de Psicologia e aqui no Rio de Janeiro como se desenvolveu, tendo assim um embasamento conceitual sobre este tema tão importante.”
Elisa Martins, colaboradora da Comissão de Eventos e mediadora da mesa, disse que o tema e a mesa eram muito ricos e que “esse conjunto de comissões e pessoas são importantes para trazer cada vez mais informação para a categoria”.
O advogado Pedro Aquino trouxe para a atividade a história de como a mediação foi implementada e instalada no país, bem como os conceitos de justiça e parâmetros legais da mediação. Também falou sobre a resolução 125/2010 do CNJ – Conselho Nacional de Justiça, que versa o marco legal inicial para implementação da Mediação de Conflitos dentro dos Tribunais de Justiça: “O Tribunal de Justiça hoje é a maior escola de mediação no país. É um espaço que o mediador tem a oportunidade de atuar em diversos tipos de conflitos”. A mediação trouxe uma mudança de paradigma para tratar os conflitos e o sistema multiportas.
Falando sobre memória da mediação no Conselho e como ela avançou, o colaborador da COMSCC José Novaes, contou sobre o processo, desde a criação da mediação na APAF – Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças, em 2016 até os dias atuais, falando também da criação da COMSCC-CRPRJ. “A resistência à mediação existe na sociedade e até mesmo na categoria, principalmente por falta de conhecimento. Mediador trabalha com escuta, aceitação e diálogo muito próximo com a atuação da psicóloga”, enfatizou.
Por fim, a conselheira do CRP-RJ Luisa Bertrami ressaltou que “a orientação pode ser um movimento muito mais interessante do que a punição, levando a pensarmos na forma de sociedade que queremos. A mediação é mais rápida e mais lógica. O anti-punitivismo leva a outra construção de formas e práticas para resolução do conflito.”
“Punitivismo é o mais óbvio e o menos efetivo”, completou a mediadora da mesa a Elisa.
Juliana Gabriel lembrou também que a mediação de conflitos e a Justiça Restaurativa é uma técnica de trabalho, sendo terapêutico, porém não é terapia. “As falas dessa mesa iniciaram os debates que vamos ter ao longo desta gestão sobre a importância dos métodos autocompositivos nos processos administrativos éticos-disciplinares do CRPRJ”, finalizou.
O público presente e a audiência online puderam interagir com a atividade. Acompanhe na íntegra como foi o evento acessando aqui.
O evento faz parte da comemoração ao Dia do Mediador, celebrado no dia 23 de setembro.
A comemoração será encerrada em um novo evento no dia 27 de setembro, também no auditório da Sede do CRP-RJ no Centro, de 10 às 17h que leva o tema “Os Métodos Autocompositivos: A Psicologia e os Caminhos Possíveis na Mediação de Conflitos”.