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EVENTO SOBRE TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) TEM SUCESSO DE PÚBLICO NA BAIXADA


Data de Publicação: 8 de maio de 2023


Tema demarca sua urgência e chama para importância de atendimentos multidisciplinares e diagnóstico precoce 

WhatsApp Image 2023-05-08 at 10.07.51 AMO Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro – CRP-RJ, por meio da Comissão Gestora da Subsede da Região da Baixada Fluminense, realizou no dia 25 de abril, o evento “TEA: Saberes e Vivências”. O encontro contou com psicólogas(os) e estudantes de Psicologia que lotaram o auditório da UnigranRio, localizada no Centro de Nova Iguaçu.

 

 

 

 

WhatsApp Image 2023-05-08 at 10.09.01 AM (2)A abertura do evento ficou a cargo do conselheiro coordenador da Comissão Gestora da Baixada, Thiago da Rocha Dionizio Rodrigues (CRP 05/50505), deu as boas-vindas aos presentes e convidou a professora Claudia Brandão Behar (CRP 05/14264), coordenadora do Curso de Psicologia da Unigranrio que saudou os presentes e em seguida passou a palavra  a  Luciana Rodrigues de Melo de Souza, assessora administrativa, que em nome do diretor do campus Cristiano de A. Menezes, cumprimentou os alunos que estavam participando e agradeceu a parceria com o CRP-RJ e que a universidade estava muito feliz em ser receptora de um evento com tema tão importante. “É muito importante ter esse contato e articulação com o Conselho. Agradeço ao Conselho por ter essa disponibilidade de elucidar as dúvidas dos alunos e futuros profissionais. É um prazer e uma honra para a UnigranRio.”

Thiago apresentou as (os) conselheiras (os) da Comissão Gestora que estavam no evento, contextualizou a história da Subsede, objetivos e chamou a categoria a participar das reuniões ampliadas que acontecem uma vez por mês, “a ideia do evento de hoje foi a partir de uma reunião ampliada. Nela foi determinado o tema deste evento. O CRP-RJ está trabalhando frequentemente para se aproximar das (os) estudantes e profissionais da Baixada.”

 

Primeira mesa: Saberes sobre o TEAWhatsApp Image 2023-05-08 at 10.08.37 AMA primeira mesa teve como tema “Saberes sobre o TEA”. Com o objetivo mais técnico, a mesa trouxe além de relatos das profissionais em seus espaços nas políticas públicas, na clínica, na gestão ou na política, experiências pessoais de quem vive com o autismo emocionando a todos os presentes.

A mesa começou com a fala de Ana Paula Santos (CRP 05/53715), psicóloga clínica, pós-graduada em Terapia Cognitivo-comportamental, pós-graduada nos Transtornos do Espectro do Autismo no Transtorno do Espectro do Autismo pelo Child Behavior Institute of Miami, neuropsicóloga, escritora, atua com avaliações neuropsicológicas e no acompanhamento psicológico de adolescentes e adultos, colaboradora na Comissão Especial de Avaliação Psicológica no CRP-RJ. Ana Paula explicou sobre o que é o TEA, a etimologia multifatorial, causas do TEA, avaliação, neuropsicologia, orientação e comorbidades. “É importante frisar que a avaliação do TEA é clínica e somos nós, profissionais da saúde, preferencialmente multidisciplinar, que deve concluir o diagnóstico. O saber nunca é absoluto. E essa troca multidisciplinar enriquece nosso saber.”

Segunda palestrante da noite, a psicóloga psicomotricista Maria das Dores Carvalho da Silva (CRP 05/43097), terapeuta cognitiva comportamental, técnica em Saúde Mental e coautora de livros como “Agentes de Transformação – Psicomotricidade: a importância do psicomotricista no processo psicomotor do indivíduo” (Editora Conquista, 2022), que falou sobre a importância da psicomotricidade no tratamento individual de pessoas com TEA, na relação com os objetos, com as pessoas, com o ambiente e consigo mesmo. “A psicomotricidade não se limita à idade, existem muitos adultos com dificuldades que podem ser ajudados. Não somos só comportamento, somos emoções”, destacou.

Trazendo a fala de quem vive com TEA nível 1, a médica psiquiatra dra. Ana Rosa Frota Aguiar (CRM 52842540), graduada pela UFRJ, residente em clínica médica no HSE, residente em Psiquiatria pelo IPUB/UFRJ/Universidade do Porto e diretora médica do INTEA com experiência em terapia intensiva, rotina clínica e staff médico em Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e na Policlínica Piquet Carneiro/UERJ, passando por gestão de atendimento psiquiátrico pelo SAMU, compôs a mesa levantando também a questão multidisciplinar dos profissionais. A médica enfatizou que não existe tratamento para o autismo sem a parceria com a Psiquiatria, e até mesmo com advogados, para que o indivíduo portador, ou tutor, saiba seus direitos. Ana Rosa também falou sobre o diagnóstico tardio e a luta anticapacitista. “Se você faz um diagnóstico na infância, esse adulto passa a ter o entendimento e a consciência do que é ser autista. Uma pessoa com diagnóstico tardio ganha traumas e muitas das vezes desenvolve depressão.”

Representando a psicóloga, mestranda em Saúde Coletiva Bianca Machado (CRP 05/42506), que estaria compondo a segunda mesa, mas, por motivos de saúde não pode comparecer, a estagiária de psicologia Jade da Mota, que também é bacharel em direito falou também sobre o diagnóstico tardio, a falta de conhecimento, o impacto na saúde mental, os estigmas e preconceitos que os portadores recebem. “O esteriótipo do autista ser uma criança branca do sexo masculino atrasa o diagnóstico”, pontuou.


Levantando mais uma vez a bandeira do diagnóstico multidisciplinar, a mediadora da mesa, Maíra Amaral de Andrade (CRP 05/32352), psicóloga, conselheira do CRP-RJ, diretora e responsável técnica de Desenvolvimento Humano (NIDH), apontou a importância desse trabalho em conjunto com outros profissionais, que promove um diagnóstico mais assertivo. “O diagnóstico permite fazer o portador de TEA se entender como indivíduo, bem como suas características e pontos positivos, para poder viver melhor sua vida pessoal e profissional.”

 


Segunda Mesa: Vivências
WhatsApp Image 2023-05-08 at 10.07.54 AMEm seguida, a mesa “Vivências” deu seguimento no evento. Iniciando as falas, Andressa Otoni, gestora de RH e mãe solo de uma filha autista de 2 anos, contou como foi a fase de negação, luto e aceitação do diagnóstico dela. “É importante o diagnóstico precoce. Quando antes melhor para o desenvolvimento da pessoa.” Andressa, assim como Jade, também falou sobre o preconceito que a sociedade impõe, “autismo não tem cara’’, enfatizou.

Ana Clara Pereira Nunes (CRP 05/68781), psicóloga clínica e colaboradora da Comissão Especial de Psicologia Clínica do CRP-RJ, falou sobre os cuidadores e o TEA. O cuidado de quem cuida é um olhar que deveria existir para o tutor que está com uma sobrecarga emocional e muitas vezes física. “A falta de rede de apoio, o estresse e as mudanças de rotina são um pouco do que as mães vivenciam. Precisamos olhar os fatores de proteção, o autocuidado e outras questões vividas por essas mães.”

 Portadora do nível 1, Juliana Ferreira Carvalho (CRP 05/50497), psicóloga, graduada pela Uniabeu, especialista em psicóloga analítica Junguiana pelo Instituto Junguiano do Rio de Janeiro, especialista em arteterapia pela Universidade Cândido Mendes e atualmente vem finalizando suas especializações em Psicologia Social e Antropologia, Psicobiologia e Semiologia, foi convidada para falar do seu diagnóstico tardio, suas experiências e vivências no TEA. “Meu diagnóstico foi tardio. Eu sempre me senti e sinto, estranha. O diagnóstico foi o ponto de efeito bom para mim, me fez entender o porquê eu não me enquadrava em lugar nenhum”.

Por fim, o mediador da mesa Tiago Santos (CRP 05/47737), psicólogo Gestalt-terapeura e colaborador da Comissão Regional de Direitos Humanos do CRP-RJ, finalizou acentuando mais uma vez no diagnóstico precoce e lembrou que “psicologia, não se faz só com Psicologia”, afirmando a multidisciplinaridade para um diagnóstico correto.

WhatsApp Image 2023-05-08 at 10.08.10 AM (3)O público presente, atravessados pelo tema e falas das mesas, também contribuiu com participações relatando vivências pessoais, fazendo perguntas e elogios.



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