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EMERGÊNCIAS E DESASTRES: 1 ANO DAS FORTES CHUVAS E DESLIZAMENTOS QUE ATINGIRAM PETRÓPOLIS


Data de Publicação: 15 de fevereiro de 2023


1 (1)No dia 15 de fevereiro de 2022, um grande desastre atingiu, mais uma vez, a Região Serrana do Rio de Janeiro, em especial a cidade de Petrópolis. Foram 259,8 milímetros de chuva, num espaço temporal de três horas, deixando mais de 240 pessoas mortas e outras centenas sem suas casas, seus pertences, seus familiares e amigos, entre tantas outras perdas.
 Hoje, 1 ano depois, a cidade ainda sofre em diversos bairros que não foram completamente reconstruídos, prolongando o estado de emergência para parte da população atingida.
Relembrar a data não é para produzir sofrimento ou prolongar o luto, mas sim para manter a memória das pessoas queridas que partiram, bem como para reafirmar a importância de evitar e prevenir grandes desastres como esse.
 Há ainda muitas cicatrizes e muitas feridas abertas pela cidade. Há ainda silêncio em alguns bairros.
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A Psicologia se faz presente nesta discussão, inclusive como uma das profissões fortemente requisitadas quando ocorre um desastre. E esta é uma atuação extremamente complexa e desafiadora para as (os) profissionais da Psicologia, mas também fundamentalmente necessária.
 Psicólogas e psicólogos que desejam atuar neste âmbito, antes de tudo deve tentar perceber se está preparado para lidar com esse tipo de atuação, que é uma atuação completamente diferente da atuação no consultório, por exemplo, ou em algum equipamento de saúde. A atuação ética e em conjunto é uma atuação intersetorial e multiprofissional e principalmente pautada no respeito às diferenças.
A (o) profissional encontrará com situações instáveis e atuação mesmo sendo diferenciada, continua sendo técnica, tendo o zelo ético. Não é caridade, não é um lugar de pena e “assistencialismo”, comportamentos que muitas vezes revitimizam as pessoas afetadas.
1 (3)Perceber a dor, promover um “espaço” de escuta, um espaço no qual as pessoas possam vivenciar as perdas, a dor, de forma segura, e que com isso possam retomar sua capacidade de atuar, de funcionar, talvez como antes do desastre, é o principal papel da atuação psi. É fundamental o tripé: protagonismo do afetado; participação da sociedade – em todas as etapas, não como extensão do Estado – e controle social na execução da política pública.
Considerar que os efeitos na saúde mental após vivenciar um desastre ou emergência, se prolongam por muito além do episódio em si. O trabalho se dá a médio e longo prazo, e essa é a importância da continuidade.
Conforme o Código de Ética profissional, na alínea B do artigo 1 diz: “Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente”.
 
O Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro mais uma vez se solidariza com as pessoas afetadas por este desastre, na Região Serrana. Não apenas nos solidarizamos, mas também nos mobilizamos e nos engajamos na luta pela prevenção e pelos cuidados pós desastre.
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