O evento online contou com a presença de psicólogas (os) e estudantes de Psicologia de Conceição de Macabu
O Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro – CRP-RJ, por meio da Comissão Gestora do Norte Noroeste Fluminense e da Comissão Especial de Psicologia Clínica, promoveu roda de conversa digitalcom o tema ‘’A Resolução de Psicoterapia mudou! Quer saber mais?”, no dia 5 de outubro. O público alvo do evento foram profissionais e estudantes de Psicologia do município de Conceição de Macabu.
A convidada Júlia Horta Nasser (CRP 05/33796), psicóloga clínica, graduada pela Universidade Santa Úrsula, especialista em Neuropsicoterapia Afetivo-Relacional pela Santa Casa de Misericórdia, mestre e doutora em Alimentação, Nutrição e Saúde pela UERJ, conselheira-secretária do XVII Plenário do CRP-RJ, foi a representante do Sudeste no GT do Conselho Federal de Psicologia que contribuiu para a construção da nova resolução.
A apresentação do evento ficou por conta da psicóloga Luciana Caldas (CRP 05/35298) ponto focal de Conceição de Macabu, além de colaboradora da Comissão gestora do Norte Noroeste Fluminense.
A roda de conversa, que teve por objetivo apresentar e debater sobre as mudanças que ocorreram para a atuação na Psicoterapia, a partir da nova Resolução n° 013 de 2022, teve cerca de 20 profissionais participando e iniciou com as boas-vindas de Luciana às (os) presentes. A psicóloga comentou ainda sobre a importância da descentralização dos eventos e debates trazidos pelo CRP-RJ, sempre numa perspectiva de chegar à categoria em toda a área de abrangência, entendo as realidades e as demandas locais.
Julia Nasser falou em seguida trazendo uma contextualização histórica sobre como a Psicologia brasileira se desenvolve a partir de sua regulamentação e da lei de criação do Sistema Conselhos de Psicologia, que nasce no meio da ditadura civil-militar. “Com a redemocratização do país a partir dos anos de 1980, e com a Constituição cidadã, a própria Psicologia começou a pensar e a deliberar sobre dispositivos que tornassem também democrática a forma de orientar e regular a profissão. O objetivo da autarquia é zelar pelo bom serviço profissional prestado à sociedade. E com esse papel social o Sistema Conselhos criou uma série de dispositivos participativos, democratizando as tomadas de decisão da profissão”, explicou Nasser.
Nesse sentido, até mesmo o processo com o qual se desenvolve uma resolução, uma normativa, é realizado com a participação colaborativa da categoria. O GT (Grupo de Trabalho) que debateu sobre Resolução da Psicoterapia, por exemplo, é um desses dispositivos pelo qual representes da Psicologia de todas as regiões do país puderam contribuir para a redação do texto final da norma.
“A Resolução teve grandes mudanças e foi fruto de um grande trabalho no GT que o produziu. Saímos de uma resolução (CFP nº 10/2000) com 5 e chegamos ao novo texto com 19 artigos, além de diversos incisos e parágrafos. Só isso já demonstra o esforço para trazer vários pontos que eram demandados pela categoria, qualificando assim o exercício da psicoterapia executada por psicólogos. Dentre os principais pontos posso citar, por exemplo, a questão da escolha da Abordagem Terapêutica, questões sobre contrato, atendimento a criança e adolescente, a interface da psicologia com a justiça, etc”, explicou Nasser.
A psicóloga destacou ainda que a Resolução é pautada nalaicidade e na pluralidade e diversidade humana, assim como o principal pilar da profissão: o seu Código de Ética.
Para ler a nova Resolução 013/22 que versa sobre as normas de atuação da Psicoterapia, acesse aqui https://atosoficiais.com.br/cfp/resolucao-administrativa-financeira-n-13-2022-dispoe-sobre-diretrizes-e-deveres-para-o-exercicio-da-psicoterapia-por-psicologa-e-por-psicologo?origin=instituicao&q=13%202022
