A Universidade Federal do Paraná realizou, no período de 8 a 11 de outubro de 2024, o IV Encontro Nacional de Desastres (END), ao qual reuniu especialistas de diversas áreas para discutir o tema “Cidades resilientes frente aos eventos extremos associados às mudanças climáticas”.
O encontro não apenas abordou as questões estruturais e ambientais, mas também lançou luz sobre um aspecto importante que precisamos trazer à tona quando debatemos sobre desastres: os impactos psicológicos em situações extremas.
Em um cenário onde as mudanças climáticas intensificam a ocorrência de eventos catastróficos, a saúde mental das populações afetadas emerge como uma preocupação primordial. O estresse pós-traumático, a ansiedade e a depressão são apenas algumas das consequências psicológicas que podem surgir após um desastre, afetando profundamente a capacidade de recuperação individual e coletiva.
Neste contexto, a presença do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ), representado por Victoria Gutiérrez (CRP 05/20157), conselheira, coordenadora da Comissão Especial de Psicologia em Emergências e Desastres e Ariel Pontes (CRP 05/64806), colaboradora da Comissão Especial de Emergências e Desastres do CRP-RJ, ganhou destaque especial. Como único representante entre todos os Conselhos Regionais de Psicologia, o CRP-RJ demonstrou um compromisso pioneiro com a integração da Psicologia na gestão de riscos e desastres. Esta participação singular ressalta a importância da Psicologia na construção de cidades verdadeiramente resilientes, capazes de enfrentar não apenas os desafios físicos, mas também os emocionais e psicológicos decorrentes de eventos extremos.
Destacamos que psicólogas(os) que atuam na gestão integrada de riscos e desastres, precisam estar presentes em eventos transversais aos desastres. Esta presença é fundamental para promover uma atuação interdisciplinar, integrando conhecimentos da Psicologia com outras áreas como engenharia, meteorologia, políticas públicas, entre outras. Ao participar ativamente desses encontros, as(os) profissionais da Psicologia podem contribuir para o desenvolvimento de estratégias mais abrangentes e eficazes na prevenção, resposta e recuperação de desastres.
O IV Encontro Nacional de Desastres marcou um importante avanço na compreensão de que cidades resilientes não são apenas aquelas com infraestrutura robusta, mas também as que cuidam da saúde mental e do bem-estar emocional de seus habitantes. A participação ativa de psicólogas(os) nessas discussões é um passo fundamental para garantir que as estratégias de adaptação às mudanças climáticas sejam verdadeiramente holísticas, considerando tanto os aspectos físicos quanto os psicológicos da resiliência urbana.
À medida que as cidades brasileiras se preparam para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas, eventos como o END e a participação de entidades como o CRP-RJ abrem caminho para uma abordagem mais integrada e humana na gestão de riscos e desastres. Fica evidente que o futuro da resiliência urbana depende não apenas de infraestruturas robustas, mas também de uma população psicologicamente preparada e apoiada para enfrentar as adversidades que o futuro possa trazer.
#DescriçãoDaImagem: carrosel com quatro fotos, contendo as integrantes do conselho que participaram em duas fotos, uma foto mostrando o ônibus e outras pessoas que também estiveram no encontro e uma foto com totem do evento, com patrocinadores e locais turísticos do Paraná.
